Jornalista da Globo se revolta contra Ludmilla e faz acusação

Na manhã desta segunda-feira (22), a jornalista Flávia Oliveira usou as redes sociais para criticar a cantora Ludmilla. Ela mostrou descontentamento com uma frase que apareceu no telão durante o show da carioca no Coachella, nos Estados Unidos, ontem (21), e que pode ser considerada intolerância religiosa. Mesmo depois da artista ter tentato se explicar, a comentarista da GloboNews acusou da Rainha da Favela de ter “vendido supremacismo religioso” e afirmou que ela devia se desculpar com as pessoas.

A publicação de Flávia Oliveira foi feita na rede social X, antigo Twitter, e ela comentou a postagem em que Ludmilla explicava o significado do vídeo. No texto da cantora, ela afirmou que só retratou na gravação a realidade da favela em que cresceu, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e que o significado da apresentação era de levar esperança ao público do local. Apesar disso, a comentarista da GloboNews discordou da justificativa dela.

“Toda escolha é política, incluindo as artísticas. É a realidade da rua? Então, cadê o contraditório, que está nos muros também?”, introduziu Flávia Oliveira. Em seguida, a jornalista da Globo frisou que Ludmilla tinha um dever, mas que não o cumpriu. “Arista nenhum é obrigado a militar contra a intolerância. Não incitar é dever. ‘Vendeu’ supremacismo religioso no show, sim. Devia se desculpar”, escreveu. Em uma outra publicação, ela fez questão de lembrar da luta contra a intolerância religiosa. “Convém não subestimar nem nossa inteligência nem nossa História. O povo de axé lidamos com intolerância religiosa há muito tempo, meio milênio, mais ou menos”, finalizou ela.

Várias imagens foram apresentadas no telão dentro de 2 minutos, mas somente uma delas chamou a atenção do público: “Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas”. Contextualizando: Tranca Rua é uma entidade cultuada na Umbanda, religião de Matriz Africana, e é o responsável por proteger os caminhos físicos e espirituais de uma pessoa, tanto de noite, quanto de dia. Essa entidade é apontada por alguns grupos religiosos como sendo “coisa do demônio” e isso acaba intensificando a intolerância religiosa.

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