Mulher que levou idoso morto ao banco se dá bem e ganha pensão

Em Campinas, esposa levou policial aposentado morto para fazer prova de vida em banco

Publicado em 19/04/2024
Por Em Off
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O caso do “Tio Paulo”, levado já sem vida pela suposta sobrinha ao banco para tentar um empréstimo, fez com que outros casos parecidos voltassem à tona. Em Campinas, interior de São Paulo, um caso semelhante – de um idoso levado morto ao banco – acabou arquivado pela Justiça, a pedido do Ministério Público (MP) e fez a suspeita se dar bem, garantindo uma pensão mensal bem gorda.

Em outubro de 2020, Josefa de Souza Mathias, hoje com 61 anos, levou o companheiro, o policial civil aposentado Laércio Della Colleta, a uma agência do Banco do Brasil localizada no centro da cidade, já morto. O cadáver estava em uma cadeira de rodas, amarrado na cintura com um lençol. O casal vivia um relacionamento há mais de 10 anos.

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Na ocasião, a mulher foi até a agência para fazer a prova de vida do companheiro depois de alegar ter perdido a senha de letras da conta de Laércio. No banco, para tentar agilizar o atendimento, Josefa disse que o homem estava passando mal. Assim, os bombeiros foram acionados para ajudá-lo, porém, constataram que o idoso de 92 anos já estava sem vida.

A mulher foi apontada como suspeita de tentativa de fraude. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Campinas chegou a pedir o indiciamento de Josefa por “tentativa de furto mediante fraude” e “vilipêndio de cadáver”, porém, o Ministério Público não acatou o pedido.

De acordo com o g1, a Promotoria pediu à Justiça o arquivamento do inquérito por entender não haver ocorrência de crimes. Além de se livrar da condenação, a mulher ainda se deu bem e lucrou com a história. Josefa entrou com uma ação na Justiça e garantiu o pagamento de uma pensão por morte, de R$ 5,8 mil mensais. Além disso, ela recebeu um retroativo de R$ 191 mil.

Já no caso do “Tio Paulo”, a polícia ainda precisa descobrir quando o homem morreu de fato. Funcionários do Samu informaram que ele havia morrido cerca de duas horas antes do atendimento. Erika de Souza Vieira Nunes, 42 anos, se dizia sobrinha dele, mas, na verdade, é prima do idoso. Ela teve a prisão preventiva decretada.

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