Na tarde desta sexta-feira (2), a jornalista Renata Agostini usou as redes sociais para contar aos seguidores que está se desligando da CNN Brasil após quatro anos apresentando os programas jornalísticos da emissora. Contudo, de acordo com o portal f5, do Folha de São Paulo, a saída da profissional trouxe à tona um clima tenso nos bastidores, causado pelas escolhas da direção do canal. Vale lembrar que a jornalista Thaís Arbex também pediu demissão e o site aponta que o motivo tenha sido o mesmo.
Nas redes sociais, Renata Agostini compartilhou fotos de alguns momentos em que esteve à frente de transmissões televisivas, além de fotografias ao lado de colegas de trabalho. Na legenda, a repórter fez questão de pontuar que a escolha de deixar a CNN partiu dela. “Encerro hoje minha história na CNN Brasil, projeto que vi nascer e ao qual me dediquei intensamente nos últimos quatro anos. A decisão de sair foi minha. Agradeço a CNN por esse período. Desejo sucesso aos muitos amigos que ficam. Vocês brilham! Chegou o momento de novos ares, de novos projetos… no jornalismo, claro!”, escreveu ela.
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Apesar da despedida fofa, de acordo com o jornalista Gabriel Vaquer, a profissional não estava satisfeita com as decisões tomadas pelos diretores. Conforme o que foi divulgado, Renata Agostini, Thaís Arbex e Jussara Soares produziram sozinhas o documentário “Ataque aos Poderes: Um Breaking News que abalou a política brasileira”, que falava sobre os ataques à democracia que acontecerem em 8 de janeiro de 2023. Contudo, as coisas só começaram a desandar depois que as gravações chegaram ao fim. Na ocasião, as três jornalistas não puderam ter acesso à edição do material de seu projeto e só conseguiram vê-lo junto com o público, quando foi ao ar.
Outro ponto que não teria agradado as profissionais, foi que pouco antes da transmissão do primeiro trecho do documentário, que foi dividido em cinco partes, elas teriam descoberto que foi incluída de última hora uma entrevista com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Um dos problemas foi que a conversa teria sido conduzida pelo jornalista Leandro Magalhães, do CNN Arena, e não por alguma das três responsáveis pelo trabalho. De acordo com o portal f5, as profissionais não gostaram do que viram depois que o programa foi ao ar e levaram o descontentamento à produção. A situação ficou tão tensa, que as repórteres teriam pedido para que o nome delas fossem tirados dos créditos a partir da segunda parte do projeto e a solicitação foi acatada.
No dia seguinte à primeira transmissão, a entrevista com o ex-presidente Jair Bolsonaro foi ao ar no segundo trecho do documentário e mais uma vez Thaís Arbex, Renata Agostini e Jussara Soares foram protestar com a direção. As três não teriam gostado nada da forma como a entrevista foi conduzida por Leandro Magalhães, justamente por ele não ter citado perguntas sobre o indiciamento que responsabilizou Bolsonaro pelos atos antidemocráticos realizados por seus apoiadores. Após isso, as jornalistas pediram demissão da CNN Brasil. A saída de Arbex foi anunciada na última quarta-feira (30) e ela já aceitou um convite para atuar no Ministério da Justiça, junto com o ministro Ricardo Lewandowski. Contudo, ainda não se tem notícias sobre o futuro Soares.
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