John Lennon e The Beatles não ficaram famosos exatamente por tomarem drogas. A sua música e a sua produção como artistas sempre se sobrepuseram ao fato de terem feito experiências com drogas durante os anos sessenta. Mas, apesar da sua imagem de sobriedade, a banda era conhecida pela experimentação de narcóticos, especialmente o caso de amor de John Lennon com o LSD.
Uma noite, durante uma trip particularmente forte, o guitarrista e compositor encontrou-se com a inegável sensação de que não só estava a encontrar a sua espiritualidade dentro de si, mas que estava de fato, nessa altura (durante uma viagem ácida), encarnando o próprio Jesus Cristo. Ser John Lennon e Jesus Cristo ao mesmo tempo, que tipo de sorte não é mesmo?
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A história conta, de acordo com a obra Magical Mystery Tours: My Life With The Beatles de Tony Bramwell, que Lennon estava fora de si quando convocou uma reunião de emergência dos Beatles. Os membros do grupo, Paul McCartney, Ringo Starr, e George Harrison, logo se reuniram na sala de reuniões da Apple Records.
Os pormenores da história são desconhecidos, mas gostamos de pensar em Lennon diante dos seus companheiros de banda dizendo: “Tenho algo muito importante para lhes dizer“, deixando a energia da sala apreensiva, “Eu sou Jesus Cristo. Eu voltei novamente. Isto é que tenho pra dizer“. Em vez de ficarem chocados ou surpreendidos, ou mesmo de comprometer Lennon com associações de insanidade ou manicômio, o grupo teria dado um passo em frente, talvez tendo visto algo similar antes.
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Na verdade, o único membro do grupo que proferiu uma única palavra foi Ringo. O baterista soltou um suspiro e disse: “Certo. A reunião foi adiada, vamos almoçar”. Ele rapidamente levou Lennon para almoçar, mas enquanto o cantor de “Imagine” continuava a insistir na ideia de uma espiritualidade singular, um fã correu para a sua mesa e ficou apaixonado por conhecer o incrível John Lennon.
O guitarrista logo corrigiu o apaixonado fã, “Na verdade“, disse Lennon, “Eu sou Jesus Cristo“. Nem o fã com o maior dos parafusos a menos, talvez esperasse uma resposta tão inacreditável como a que foi dada. Mesmo assim, o fã respondeu desconcertado: “Eu ainda gosto do teu último disco“, a noite não acabaria aí e a viagem de Lennon desceria numa espiral ainda mais abaixo.
Lennon logo diria aos amigos que ele deveria ser produtivo na criação musical, pois sentia que seus dias como o Messias de Liverpool estavam contados.
Ele disse a um amigo: “Eles vão matar-me, sabes. Mas eu tenho pelo menos quatro anos, por isso tenho de fazer coisas“. Claro que hoje, com o assassinato de Lennon nas nossas memórias, esta mensagem pode sentir-se estranhamente profética. A noite também proporcionaria não só uma visão da sua suspeita de morte, mas também uma razão para viver.
Nessa noite, John Lennon chamaria uma artista que tinha conhecido recentemente chamada Yoko Ono. Eles passariam a noite juntos e se tornariam um dos casais mais icônicos que o mundo já conheceu. Ele pode não ter sido maior do que Jesus, mas numa altura, numa dimensão ou noutra, John Lennon foi, de fato, o próprio Jesus Cristo.