Juliana Paes admite ter tomado antidepressivo após ser ‘ligada’ a Bolsonaro

Nos últimos anos o Brasil vem vivendo uma polarização política e isso reflete também na relação do público com os artistas – uma vez que seus posicionamentos são levados em conta. Juliana Paes, ao adotar um postura mais isenta em 2021, acabou fazendo com que assumissem o seu apoio a Jair Bolsonaro e sofreu as consequências.

Em uma entrevista ao jornal O Globo, a atriz chegou a revelar que utilizou medicamentos e terapia para lidar com o ‘cancelamento’ sofrido na época. Ela ainda explica que o intenção era fazer um discurso pacífico e de união, mas que acabou sendo levado para outro lado.

”É claro que não me expressei no vídeo como gostaria, estava no calor da emoção (…) Minha intenção era estimular uma cultura de paz. Não estava aguentando ver as pessoas se digladiando, amigo brigando com amigo. Sou, por natureza, uma pessoa diplomática. Meu erro foi tentar falar sobre debate e união naquele momento”, declarou.

Juliana Paes ainda se justificou: “Durante a minha vida pública, não levantei bandeiras nem para cá, nem para lá. Não votei no Bolsonaro. Não me sinto capaz de compreender a complexidade desses ambientes políticos partidários e tenho pouca fé. Política, para mim, é realizada na prática, na vida real. Contribuo silenciosamente para inúmeros projetos sociais. Faço melhor esse papel atuando em outras frentes”, completou.

Todo o acontecimento, as críticas e o cancelamento na internet levaram a famosa a um quadro depressivo. ”Demorei a entender que estava deprimida, nunca tinha sentido nada parecido. Mas passei a ter pensamentos que não eram de vida, como “para que a gente vive?”, “por que a gente está aqui?”, “por que você me jogou aqui? Não queria ter vindo””, relembra.

Por fim, também confessou ter sido necessário o uso de medicação: “Tomei antidepressivo por um tempo e parei. Iniciei a terapia, que havia evitado a vida toda, e mergulhei nos meus treinos físicos”.

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