Tireoidite de Hashimoto: entenda a doença autoimune que ataca as células tireoidianas

Publicado em 06/08/2024 04:50
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Especialista alerta que o diagnóstico precoce e o tratamento contínuo são essenciais para gerenciar e minimizar as complicações desse problema

A atriz Cleo Pires e a cantora Lexa são duas personalidades famosas que já declararam publicamente que têm tireoidite de Hashimoto. Segundo a médica Flavia Cohen, trata-se de uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca a tireoide. Os sintomas podem variar, mas incluem fadiga, ganho de peso, sensibilidade ao frio, prisão de ventre, pele seca, cabelos e unhas frágeis, inchaço no rosto, voz rouca, dores musculares e articulares, depressão, problemas de memória e concentração.

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Já os fatores que podem provocar essa condição, como cita a especialista, englobam a predisposição genética que desempenha um papel significativo, e pessoas com histórico familiar de doenças autoimunes têm maior risco; é mais comum em mulheres e geralmente aparece entre os 30 e 50 anos; flutuações hormonais, como aquelas que ocorrem durante a gravidez, podem desencadear a doença; exposição à radiação pode aumentar o risco; algumas infecções virais podem estimular a resposta autoimune.

Flavia aponta que o diagnóstico envolve várias etapas. O profissional vai avaliar os sintomas e o histórico médico do paciente, além disso, são fundamentais:

Exames de sangue: testes de função tireoidiana, como TSH (hormônio estimulante da tireoide), T4 livre e anticorpos antitireoidianos (anti-TPO e anti-tireoglobulina).

Ultrassonografia da tireoide: pode ser usada para avaliar a estrutura da tireoide e identificar inflamação ou nódulos.

Tratamento

Conforme a médica, o tratamento para a tireoidite de Hashimoto geralmente foca na reposição hormonal para o controle dos sintomas, assim como reposição de algumas vitaminas e minerais, dieta anti-inflamatória, exercício físico e gerenciamento do estresse e sono.

Dra. Flavia Cohen – Foto divulgação

Flavia explica que a levotiroxina é a reposição do hormônio tireoidiano sintético, tratamento padrão para corrigir a deficiência de hormônios tireoidianos. “Ajustes na dosagem de levotiroxina são feitos com base em exames regulares de TSH”, pontua.

Doença sem cura

A especialista comenta que embora a tireoidite de Hashimoto seja uma condição crônica e sem cura, se houver tratamento apropriado, muitas pessoas conseguem levar uma vida normal. No entanto, se não tratada adequadamente, pode levar a sintomas debilitantes que afetam a capacidade de realizar tarefas diárias. “A doença é considerada grave quando causa hipotireoidismo severo, resultando em sintomas intensos que interferem significativamente na qualidade de vida. Complicações graves, como mixedema (uma forma grave de hipotireoidismo), são raras, mas possíveis sem tratamento”, finaliza.

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