Quando a vinheta do Domingo Maior apareceu na sua TV, logo depois do Fantástico, você se deu conta que a segunda-feira está batendo na porta. Uma nova semana começou e, sejamos sinceros: é uma sensação horrível, mas passageira.
Segunda-feira é tradicionalmente um dia triste, bate aquela saudade do fim de semana, a gente acha que não aproveitou o sábado e o domingo o suficiente, mas a gente precisa levantar, se alimentar bem e sair para tentar sobreviver no país de Anitta, Padre Júlio, Zé Neto e Tiago Leifert. Para embalar a sua tristeza pós-fim de semana, preparamos uma lista com 5 músicas bem tristinhas, que vão consolar seu coração, pelo menos até quinta-feira.
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Sua Alegria Foi Cancelada – Fresno
Começando por uma que deixa o que aconteceu bem claro no título: Sua Alegria Foi Cancelada, da Fresno. A música pertence a um dos discos mais tristes recentes, de mesmo nome, lançado em 2019.
O álbum celebra um empoderamento do emo, último grande movimento mainstream do rock brasileiro, e a Fresno tem lugar de fala no assunto. Para cantar essa tristeza em forma de harmonia, melodia e ritmo, Lucas Silveira convocou Jade Baraldo, que despontou para o Brasil no The Voice.
Coisas de Quem Ama – Jorge e Mateus
Essa é pra você ouvir e lembrar do crush, da ex, daquele amor bem vivido, ou simplesmente não lembrar de ninguém, mas sofrer igual. Coisas de Quem Ama é uma canção ‘esquecida’ (46 milhões de views no Youtube) em meio ao segundo disco de estúdio da dupla Jorge e Mateus.
O álbum quase todo acaba sendo ofuscado pelos sucessos de Logo Eu, Nocaute e a canção homônima. Mas, apesar disso, ela segue sendo uma boa canção triste, embora a dupla não encontre tanto espaço para ela em seus shows, já que a fila de hits é bem grande.
Cícero – Pelo Interfone
O ano era 2011, e Cícero Rosa Lins lançava um disco, o primeiro da sua carreira solo, chamado Canções de Apartamento. Entre as 10 faixas do álbum, todas com uma melancolia bastante característica, vamos destacar uma: Pelo Interfone.
Nela, Cícero usa como referência um dos refrãos mais bonitos de Tom Jobim, que na música Dindi diz: “Se soubesses o bem que eu te quero, o mundo seria tudo lindo”, para cantar o total oposto: “Ah, Dindi, se tu soubesses quanto machuca, não amaria mais ninguém”.
Fazer de um verso belo e alegre algo doloroso, desiludido e triste não é para qualquer um. Essa é para chorar na janela do ônibus.
Supercombo – Embrulho
Se você gosta de uma tristeza mais profunda, aliada a riffs criativos e uma levada mais inquieta, Embrulho, da banda Supercombo, é uma boa pedida. A música tem uma letra bem enigmática e conta a história de uma mulher que morreu, chegou ao céu, mas não curtiu muito a ‘vibe‘ do paraíso.
A Supercombo retrata a morte e o suicídio em outras músicas do seu repertório, como Amianto, Memorial e Eutanásia. Os fãs, aliás, defendem que há uma ordem para ouvir as canções e entender a história, e, ao que tudo indica, Embrulho encerraria o ciclo da moça que morreu, chegou ao céu, mas preferiu voltar ao chão.
Luiz Lins – A música Mais Triste do Ano
Em 2017, o pernambucano Luiz Lins lançou A Música Mais Triste do Ano, que, provavelmente, é a mais triste dos anos que vieram a seguir, também. A letra traz um desabafo sincero e temeroso de alguém que não perdeu a pessoa amada, pelo menos, ainda.
Os versos trazem perguntas que podem não ter respostas, mas escancaram a fragilidade e a ansiedade de quem as fez. Luiz, aliás, é compositor de mão cheia e prova isso em outras músicas, como Jamais, Eu Tô Bem e Saudade.
Recentemente, A Música Mais Triste do Ano voltou aos holofotes com a interpretação de Ludmilla em seu Lud Session, junto com Gloria Groove. Mas fica aqui a indicação para que você ouça a versão original.
Agora, é alimentar a melancolia característica do início da semana, até que a tão sonhada (para muitos) sexta-feira chegue com a felicidade que o trabalhador brasileiro merece sentir.