O Ministério Público de São Paulo acusou Valdoir Eurípides da Silva, o motorista do ônibus que transportava a banda da dupla sertaneja Conrado e Aleksandro, de negligência no acidente fatal que ocorreu na Rodovia Régis Bittencout em Miracatu, São Paulo, em maio do ano passado.
O trágico evento resultou na morte de seis pessoas, incluindo o cantor Aleksandro, de 34 anos. A equipe viajava de Tijucas do Sul, Paraná, para São Pedro, São Paulo, com 19 pessoas a bordo do ônibus.
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De acordo com o promotor de Justiça de Miracatu, Jonathan Vieira de Azevedo, Silva foi acusado após demonstrar falta de interesse em negociar um acordo com o Ministério Público. Caso a acusação seja aceita, Silva poderá ser processado por homicídio culposo, um crime que ocorre quando não há intenção de matar.
A documentação legal apresentada pelo promotor solicita uma compensação de R$ 50 mil para cada vítima. Também foi solicitado a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Silva, que deverá ser entregue à autoridade de trânsito.
Detalhes da denúncia indicam que dez minutos antes do acidente fatal, o ônibus passou por um obstáculo não identificado e colidiu o para-choque contra o asfalto. Apesar disso, Silva continuou dirigindo sem parar para verificar os danos. Além disso, foi apontado que ele estava dirigindo a uma velocidade de 109 km/h, em uma área onde a velocidade máxima permitida é de 80 km/h. A denúncia afirma que a conduta do motorista foi “imprudente”, resultando na morte de seis pessoas e ferindo outras 12, além de colocar em risco outros veículos que trafegavam na mesma rodovia.
Em 3 de junho de 2022, um laudo do Instituto de Criminalística revelou que dois pneus do ônibus apresentavam sinais de explosão, indicando um “impacto do pneu contra algum tipo de obstáculo na via”, como um “buraco, pedra, objeto grande”.
O motorista, que tem experiência no ramo desde os 18 anos, lamentou as mortes em uma entrevista à RPC, afiliada da Rede Globo. Silva discordou das acusações, reiterando que estava dirigindo a uma velocidade entre 90 e 95 km/h. Ele acrescentou que não era o motorista oficial da equipe e que o titular estava dormindo no momento do acidente. A defesa de Silva, liderada pelo advogado Marco Valadares, argumentou que as investigações não comprovaram excesso de velocidade e que o estado dos pneus era adequado antes do acidente, sugerindo força externa como causa da explosão dos pneus.
Este trágico acidente continua a gerar controvérsias sobre a responsabilidade e os procedimentos de segurança necessários para evitar tais incidentes futuros. Conrado e o baixista Júlio César Bugoli Lopes, que também estavam no ônibus, foram hospitalizados e permaneceram em cuidados intensivos durante um mês após o acidente. Eles receberam alta do Hospital Regional de Registro, mas a dor e o impacto da tragédia continuam a afetar todos os envolvidos.
O caso de Valdoir Eurípides da Silva serve como um alerta trágico para a importância da prudência ao volante. A investigação e o processo legal em curso buscam justiça para as vítimas e esclarecimento das circunstâncias que levaram a esse trágico acidente. Enquanto o desfecho legal deste caso permanece incerto, a memória de Aleksandro e dos outros que perderam suas vidas naquele dia permanece viva na mente de seus entes queridos e fãs.
É importante lembrar que, no âmbito da segurança no trânsito, todos nós temos um papel a desempenhar. Seja cumprindo as leis de trânsito, garantindo a manutenção adequada do veículo ou simplesmente mantendo a atenção na estrada, cada ação pode contribuir significativamente para prevenir acidentes e preservar vidas.
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