“Xuxa, O Documentário”, exibido pelo Globoplay, está entre os temas mais comentados da semana. E isso se deve, em grande parte, ao fato de explorar, entre muitos temas, a peculiar e conturbada relação entre Xuxa Meneghel e sua ex-empresária, Marlene Mattos.
Na série, as duas têm um reencontro, que aconteceu por intermédio de Pedro Bial, diretor do documentário, após mais de 19 anos em que estiveram distanciadas. Contudo, esse reencontro está cercado de acusações e polêmicas. Logo nos primeiros episódios, Xuxa afirma que era constantemente trancava em quartos de hotel e que Marlene teria sido o pivô do fim do seu namoro com Ayrton Senna. Além disso, a apresentadora ainda rebateu os comentários de que deve todo seu sucesso à sua ex-empresária e diretora: “ninguém me fez”.
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Contudo, apesar de ser o foco das críticas de Xuxa e de estar sendo pintada como a malvada da história, Marlene Mattos tem optado por permanecer em completo silêncio, além de recusar convites de entrevistas onde teria a oportunidade de rebater todas essas acusações. Ela tem se limitado a fazer publicações em seus perfis nas redes sociais com frases reflexivas e mostrar o apoio que tem de outros profissionais com quem trabalhou.
De acordo com o colunista Lucas Pasin, Marlene só deve se pronunciar sobre as declarações de Xuxa depois que sua participação no documentário foi ao ar. Antes de se pronunciar, Marlene quer se certificar de que suas falas não foram editadas de modo a prejudicar sua imagem. Com 5 episódios, a produção será disponibilizada semanalmente, sempre às quintas-feiras.
Na opinião deste colunista que vos fala, o que parece é que esse reencontro virou uma grande lavagem de roupa suja televisionada, que mostra o que foi esse relacionamento tóxico e abusivo que as duas tiveram. Ambas tiveram benefícios e prejuízos ao mutuamente se usarem, assim como ambas as partes podem ser responsabilizadas, em pesos e medidas diferentes, seja pelo co-dependência emocional, por atos de tirania, pela busca pela fama independente dos custos ou por comportamentos consequentes de puro narcisismo. E que tudo isso, que mais parece uma versão adaptada dos gladiadores na arena romana, é muito bom para aumentar a audiência, mesmo que infelizmente seja às custas de reabrir velhas e quase cicatrizadas feridas emocionais.