Um olhar sobre a história de uma das grandes damas da dramaturgia brasileira. Assim é o livro “Entre Mira, Serafina, Rosa e Tia Neguita: a trajetória e o protagonismo de Léa Garcia”, de Julio Claudio da Silva, publicado pela Editora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) que será lançado nesta quarta-feira, 26 de julho, no Itaú Cultural, em São Paulo. A obra enfoca aspectos da história do protagonismo negro no pós-abolição brasileiro, a partir de estudos biográficos sobre a trajetória da atriz, de 90 anos, que já contabiliza 70 anos de carreira.
O evento vai contar com intervenção musical da cantora, atriz e escritora Ayô Tupinambá, e um bate-papo sobre o livro com o autor Júlio Claudio da Silva e a artista Léa Garcia. A mediação fica por conta do cineasta Joel Zito Araújo.
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“Estou muito feliz com o livro e com tantas homenagens, nesses meus 90 anos. Tenho dito que bom mesmo é comemorar 100 anos, Uma data digna de se celebrar! Até porque, quero trabalhar pelo menos mais dez anos”, contou a atriz, durante o lançamento realizado no Rio de janeiro, na Livraria Travessa, em 26 de junho, em um evento recheado de personalidades como Emiliano Queiroz, Dhu Moraes, Erika Januza, Sérgio Loroza, Jorge Coutinho, Maria Ceiça e Luana Xavier. Noite de emoções e com as delícias do buffet de Telma Carvalho.
“Uma honra escrever uma obra que contribua para um reconhecimento ainda maior da relevância histórica da trajetória profissional de Léa Garcia, como atriz e mulher negra, ao longo de seus mais de 70 anos de carreira”, explica Julio Claudio da Silva, professor da Universidade do Amazonas, que lançou, em 2015, a obra “Uma Estrela negra no Teatro Brasileiro”, sobre a atriz Ruth de Souza.
Ruptura e protagonismo
O livro “Entre Mira, Serafina, Rosa e Tia Neguita: a trajetória e o protagonismo de Léa Garcia” analisa as memórias públicas sobre a trajetória profissional da atriz através dos registros acerca das montagens dos espetáculos do Teatro Experimental do Negro e dos trabalhos profissionais nos quais Léa Garcia atuou. O acervo documental analisado é constituído por entrevistas concedidas ao autor, entrevista publicada em livro e matérias publicadas em jornais e revistas.
O recorte cronológico do livro enfoca especialmente o início da atuação de Léa no Teatro Experimental do Negro (TEN), a partir de 1952, sua estreia no teatro profissional em “Orfeu da Conceição” e sua atuação no longa “Orfeu Negro ou Orfeu do Carnaval”, de 1959, que rendeu à atriz o segundo lugar na disputa pelo prêmio de “Melhor Atriz” no Festival de Cinema de Cannes.
Léa Garcia Lucas de Aguiar nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de março de 1933. Em mais de 70 anos de carreira atuou em dezenas de peças de teatro, longas e curtas-metragens e novelas de televisão. Com expressão e olhar marcantes, Léa protagonizou uma das mais conhecidas antagonistas da televisão brasileira: a escravizada Rosa, em “Escrava Isaura”, uma das novelas mais reprisadas da teledramaturgia brasileira e exibida em mais de oitenta países.
Atualmente, Léa segue na ativa arrancando aplausos do público e elogios da crítica. Em 2022 percorreu os palcos de Rio de Janeiro e de São Paulo, com a peça “A Vida Não é Justa”,dividindo a cena com Emiliano Queiroz. Está no elenco do filme “O Pai da Rita”, que estreou em 2022, e grava a terceira temporada de “Arcanjo Renegado”, da Globoplay e se prepara para votar aos palcos do Rio.
SERVIÇO
Lançamento Livro “Entre Mira, Serafina, Rosa e Tia Neguita: a trajetória e o protagonismo de Léa Garcia”
Data: 26/07/2023
Local: Itaú Cultural
Endereço: Av. Paulista, 149 – Bela Vista, São Paulo – SP
Horário: 19h
Retirar o ingresso: reserva de ingressos online http://bit.ly/lancamentoentremiraserafinarosaetianeguita ou no Itaú Cultural