Fernanda Young resolveu contar detalhes da depressão que sofreu desde a infância. A escritora é conhecida pelos seus livros, como “O Piano Está Aberto”, que conta a história de uma mulher que sofre da mesma doença.
Em entrevista à revista Maria Clarie, Young conta sobre os traumas que carregava. “Eu era uma criança muito triste. Não gostaria que parecesse culpa da minha família. Simplesmente era uma criança depressiva, que poderia se machucar e que pensava em morrer. É uma doença química. Ninguém me machucou. Pedia muito para Deus me matar. Também tive muitas doenças, alergias e pneumonias, que vinham do emocional”, disse
Ela revela ainda que aos 10 anos chegou a cortar os pulsos. “Foi superficial, muito leve. Fui uma criança diferente. Fui diagnosticada com disritmia e comecei a tomar antiepiléptico muito nova. Depois, descobriram que era disléxica. Comecei a fazer terapia aos 13 anos, por insistência do meu pai. Faço até hoje. Também tive a grande sorte de ter minha irmã Renata. Lá pelas tantas, com uns 16 anos, ela viu que eu falava muito sobre morte. Então disse seriamente: “Olha aqui, vou morrer velha e, depois, você”. Foi um esporro tão grande… e isso ficou decidido[os olhos marejam]. Além disso, sempre rimos muito na minha casa. O humor me ajudou”, revelou.