
Em uma live com Antonia Frering, a cantora Preta Gil falou sobre o alvoroço que causou em 2003 ao posar pelada para o álbum “Prêt-À-Porter”.
Veja também:
Após momento delicado, Preta Gil recebe homenagem de Ludmilla no Carnaval de SalvadorPreta Gil lança música inédita para filme inspirado em superação do câncerMulher espalha fake news sobre morte de Preta Gil e cantora reage: "Ainda estou aqui e estarei por muito tempo"Ela contou que na época, seu pai, Gilberto Gil chegou a criticar a imagem. Preta também disse que achou que fosse caretice da parte dele, porém, hoje vê que ele tinha razão, e a imagem tirava todo o foco da sua música.

“Quando fiz meu primeiro álbum, me senti renascendo. (…) Quando a gente estava fazendo as fotos [para o encarte], me achei careta. Eu, que sou filha de tropicalista e já vi tantas coisas incríveis, me vi fazendo umas poses [caretas] e achei que isso não tinha nada a ver com o disco. Propus: posso ficar pelada?”, contou.
VEJA TAMBÉM: Vídeos sensuais de Anitta são publicados em site pornô
“Amei, achei a cara do que queria dizer naquele momento. Peguei as fotos, no negativo, e mostrei para o meu pai. Ele viu. ‘[Perguntei], e aí, pai, gostou?’. Ele disse, ‘desnecessário, Preta. Não vai ser bom, você vai desvirtuar, tirar a atenção da música para a história da capa’.“
Ela também contou que levou a fala do pai como ‘conservadorismo”, entretanto quando lançou, percebeu que os jornalistas só falavam da foto, e não de sua música.
“Entendi por que ele falou aquilo. De fato, em uma sociedade machista, gordofóbica, homofóbica, racista que a gente vive, as pessoas viram aquela capa e disseram, ‘isso é nitroglicerina pura’“, contou.
“Durante muitos anos, eu achei que para ser aceita, para ser amada, para ser bem-sucedida, eu tinha de ser magra, branca e fina, uma menina toda certinha. Perdi minha espontaneidade e minha espontaneidade. (…) A gente vai se liberando e coisas que nem sabia que estava presa.”
Assista à entrevista completa: