As cenas mais polêmicas das novelas da Globo nesses 60 anos

Na história da emissora muitas cenas marcaram o público

As cenas mais polêmicas das novelas da Globo nesses 60 anos
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As cenas mais polêmicas das novelas da Globo nesses 60 anos
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​Ao longo das décadas, a TV Globo produziu novelas que marcaram a teledramaturgia brasileira, não apenas por suas tramas envolventes, mas também por cenas que geraram intensos debates e controvérsias. Algumas dessas sequências desafiaram tabus sociais, enquanto outras foram alvo de críticas por abordagens consideradas inadequadas.​

Em 1980, “Coração Alado”, escrita por Janete Clair, exibiu uma das cenas mais controversas da televisão brasileira. A personagem Catucha, interpretada por Débora Duarte, protagonizou uma sequência que sugeria masturbação feminina, algo inédito na época. A situação se agravou quando, por um erro técnico, o áudio do diretor orientando a atriz durante a gravação foi ao ar. A repercussão foi tão negativa que a emissora decidiu apagar a fita do capítulo e retirar o script dos arquivos. ​

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Mais recentemente, “O Outro Lado do Paraíso” (2017) enfrentou críticas por diversas cenas. Uma delas envolveu a personagem Clara, que foi internada em um hospital psiquiátrico e submetida a tratamentos de choque, retratados de forma questionável. A Associação Brasileira de Psiquiatria manifestou preocupação com a representação do tratamento, destacando a necessidade de responsabilidade ao abordar temas tão sensíveis. ​

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Em 2018, “Segundo Sol” apresentou uma trama em que a personagem Rochelle acusava falsamente Roberval de estupro como forma de vingança. A cena foi amplamente criticada por perpetuar estereótipos prejudiciais e minimizar a gravidade de falsas acusações, especialmente em um contexto onde vítimas reais já enfrentam dificuldades para serem ouvidas e acreditadas. ​

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A novela “A Força do Querer” (2017) também gerou debates ao retratar a jornada de Ivana, uma pessoa transgênero em processo de transição. Embora tenha sido elogiada por trazer visibilidade à comunidade trans, a escolha de uma atriz cisgênero para o papel e algumas abordagens na trama foram questionadas por representantes da comunidade LGBTQIA+, que pediram por uma representação mais autêntica e sensível. ​

Por fim, “A Próxima Vítima” (1995) exibiu uma cena em que o personagem Marcelo agride fisicamente sua esposa Isabela. A sequência gerou indignação e levou o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher a protestar contra a emissora, argumentando que a cena naturalizava a violência doméstica e reforçava comportamentos machistas. ​

Essas cenas evidenciam a influência das novelas na formação de opiniões e na discussão de temas sociais. Enquanto algumas abordagens são vistas como avanços na representação de questões importantes, outras servem como alerta sobre a responsabilidade da mídia em tratar assuntos delicados com cuidado e respeito.​

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