Amaury Lorenzo, que faz o maior sucesso na pele do personagem Ramiro, da novela Terra e Paixão, confessou ter enfrentado situações reais de preconceito durante a infância, e já foi até mesmo vítima de agressão, pelo simples fato de gostar de balé clássico.
“Me lembro um dia, com 9 anos, saindo da escola de balé clássico com minha sapatilha preta pendurada no ombro, ouvi alguém dizendo ‘ei viadinho!’. Quando viro, eram duas mulheres com uns 30 anos”, iniciou ele, em entrevista à revista Caras. O galã da Globo ainda contou que sofreu agressão física por um amigo, que utilizou uma arma de chumbinho, utilizada para caçar passarinhos, para atirar em suas costas.
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“Um garoto falou: ‘Amaury, olha o que quem faz balé merece’ e me deu um tiro nas costas com uma pistola de chumbinho de matar passarinho. Fez um buraco nas minhas costas. Aquele meu amigo, que me deu um tiro nas costas porque eu dançava balé clássico, estava sendo preconceituoso no seu limite, mas ele estava sendo atravessado por um preconceito estrutural que nem ele se dava conta. Voltei para casa com crise de choro e meus pais me apoiaram”, disse o ator de Terra e Paixão, que ressaltou a importância do seu personagem na questão da representatividade na comunidade LGBTQIA+.
“Dei esses exemplos entre muitos outros que tenho para que entendam que Kelvin e Ramiro não são caricatos, eles são reais. E para que entendam a dimensão desses personagens, porque os atores, por suas escolhas profissionais, também foram atravessados por todo esse preconceito”, finalizou ele.