Gugu Liberato, que morreu aos 60 anos nesta sexta-feira (22) após sofrer um acidente doméstico em sua casa, em Orlando nos Estados Unidos, teria sua história de sucesso na televisão contada em um livro de memórias.
O jornalista Bruno Meyer, revelou que estava em uma luta para convencer o apresentador a ter sua história nas livrarias de todo o país. Segundo o comunicador, os contados começaram há um mês.
Carregando...
Não foi possível carregar anúncio
“GUGU. A OBRA INACABADA. Há cerca de um mês, começava minha batalha para convencer Gugu Liberato a escrever a sua história. A ideia surgiu depois que passei a trabalhar com seu mais antigo produtor e talvez um dos mais fiéis amigos do apresentador. Reforcei, desde o início, que Gugu deveria e merecia escrever seu livro de memórias. Um livro sem entrar em questões pessoais, mas focado em sua vitoriosa trajetória de menino classe média até o consagrado apresentador de TV e homem de negócios. Redigi uma breve carta, tal como ele fez aos 13 anos para Silvio Santos. Começo com “caro” ou “querido” Gugu? “Querido, Bruno. Gugu não gosta dessas formalidades” foi a recomendação. Pois bem, a carta junto ao meu primeiro livro foi entregue há pouco mais de uma semana na casa do Gugu. Não saberei se ele chegou a ler e muito menos qual foi sua reação deste primeiro contato. Ele embarcou para Orlando, um tanto a contragosto de sua mãe Maria do Céu. Gugu estava com uma gripe e ela não queria que ele viajasse naquele momento. Mães…! Sempre elas”, iniciou.
“Na quarta de manhã, soube do acidente, da gravidade e entrei num estado inicial de negação. Decidimos não publicar imediatamente em nosso blog em respeito a nossa fonte, muito ligada a família que desejava não vazar. Sabia que era muito difícil, mas só damos depois que noticiaram o acidente doméstico. A partir dali, começamos a passar as infos que tínhamos: a queda de cerca de quatro metros, após subir no forro da casa para arrumar o ar-condicionado que pingava, quando o teto cedeu. Coisa de 20-30 minutos, após pisar em sua recém-comprada casa em Windermere, nos arredores de Orlando. Estado: muito grave. No fim da tarde, o desencontro de informações e até a decisão de poucos colegas em noticiar a morte do apresentador, quando ele ainda não tinha ido a óbito, nos fez tirar o pé do acelerador. Notícia agora só quando viesse oficialmente da família, mesmo sabendo 24 horas antes que ele já não tinha mais atividade cerebral. É tudo surreal e absurdo: Gugu, há menos de duas semanas, e dias depois de enfrentar uma fake news de sua morte durante uma viagem a Singapura, ligou para um amigo em São Paulo dizendo que estava impressionado com a velocidade da vida: o João – seu primogênito – já estava com 18 e ele, 60. “Quantos Natais ainda vou viver?”, questionou. Como espectador de seus programas, ficam as lembranças dos anos 1990/2000. Como admirador de sua trajetória, fica a certeza de que ele partiu cedo demaaais. Mando minhas boas vibrações à família e aos amigos próximos. Como escritor, fica aquele vazio de não ter levado a conhecimento público detalhes de sua história. “O Livro do Gugu” merecia estar nas livrarias físicas e digitais. Não deu tempo. Infelizmente!”, relatou Bruno.
O acidente
Gugu estava internado desde a quarta-feira (20) no Orlando Health (Orlando Medical Center) após cair de uma altura de 4 metros ao subir para arrumar o ar-condicionado em sua casa em Windermere, nos arredores de Orlando. A morte do apresentador aos 60 anos foi confirmada na noite de sexta-feira (22).
Gugu é pai de três filhos, João Augusto, de 18 anos, e as gêmeas Sofia e Marina, de 15. Na TV, Augusto Liberato iniciou no ano de 1981, e comandou programas como ‘Sessão Premiada‘, ‘Domingo Legal’ e ‘Viva a Noite’, no SBT. Na Record, comandou um programa que levou o seu nome, e dois realities shows: Power Couple Brasil e Canta Comigo.