Dona Déa, mãe de Paulo Gustavo, participou de uma entrevista no podcast, Quem Pode, Pod, e falou sobre sua relação com o filho, que faleceu há dois anos, como uma das centenas de vítimas da covid-19. A mãe do humorista falou sobre o buraco que ficou no peito com o falecimento do filho.
Mesmo em meio às dificuldades, Dona Déa conseguiu seguir a vida, está trabalhando em um quadro do Domingão do Huck e sempre esbanja bom-humor por onde vai. Questionada sobre a força que tem após a morte do filho, ela foi bem sincera na resposta.
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“Não tenho força”
“Quando as pessoas me falam que eu tenho força, respondo que não tenho força. Eu tenho fé. A fé é que me ajuda a ficar em pé e no meu trabalho. O meu trabalho não é só no Luciano [Huck, no Domingão com Huck]. Mas o trabalho em casa, o fato de eu ir no mercado. Sou a gestora da minha família, vejo meus netos. Eu sofro, estou aqui falando e rindo, mas sofro”, declarou.
Déa refletiu ainda sobre a morte, dizendo que não há em nenhum lugar escrito que um filho morrer antes da mãe não é ordem natural da vida, porém, se pudesse escolher, iria no lugar dele.
“Quem disse que a lei natural é o mais velho morrer? Não tem isso, não está escrito isso. É difícil. A maior perda é de uma mãe perder um filho. Mas quem disse que eu teria que ir na frente? Eu gostaria. Se perguntassem para mim: ‘ele ou a senhora?’. Eu, com certeza. Até porque, ele tinha uma alegria de viver. Outro dia eu ouvi uma frase assim: ‘você serviu de escada para o Paulo Gustavo e agora ele serve de escada para você’”.