Celebrando 60 anos de vida e 40 dedicados à cultura, a atriz Maitê Proença concedeu uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo deste domingo, (28) relembrando momentos marcantes de sua trajetória.
Com dezenas de trabalhos na TV, no cinema e no teatro, a atriz que não faz mais parte do casting fixo da TV Globo está em cartaz com uma peça na capital paulista idealizada por ela, A Mulher de Bath, no Sesc Bom Retiro até 4/03.
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Durante a entrevista, a veterana fala sobre a morte da mãe, morta pelo seu pai quando ela tinha doze anos, papel mais complicado que fez em sua carreira, assédio no ambiente de trabalho entre outros.
Confira alguns dos trechos do bate-papo:
Terapia, hipnose e meditação na Índia:
Atriz revelou que faz terapia há mais de dez anos e que durante uma viagem à índia realizou uma exercício chamado de “meditação do trabalho”: “Aquilo me deu uma alegria! Quis deixar como se tivesse limpado com a língua. Limpei cantos daquela privada que lá em casa sei que não limpa, porque fui reclamar com a minha faxineira, que ficou magoadíssima”. Já sobre a hipnose revelou: “Passei o Natal e o Ano-Novo fazendo essas coisas. Podia estar bebendo, mas fui soltar toda a bicharada de dentro de mim.”
Fim do contrato com a TV Globo:
“Ser demitida é uma tristeza, mas não é algo para discutir no jornal. Eles [Globo] estão no direito deles. Não gosto de entrar num lugar com 20 e ser expelida aos 60. Ninguém gosta disso.”
Assédio no ambiente de trabalho:
“Mais de uma vez, pessoas botando a mão em mim. Mas dei um chute. Fiz uma carreira maravilhosa e não vou ficar me sentindo uma pobre coitada. Se usaram desse recurso baixo, eu tive que contornar. Os percalços melhoram a gente, infelizmente.”
Atriz fala sobre a morte trágica da mãe em seu primeiro livro, Uma Vida Inventada, que não há muito tempo:
“Depois que minha mãe morreu, eu chorei escondida durante muito tempo. Trancava a porta no dia das mães e chorava sozinha, botava uma couraça e saía. Tive que me virar sozinha. Mas não tenho mais isso. Estou livre.”
Personagem emblemático, Sinhazinha, na novela Gabriela, em 2012, que é morta pelo marido por conta de ciúmes:
“Na hora [de gravar a cena da morte] foi bem ruim. Eu já sabia quando aceitei a personagem, mas quando começaram a botar sangue falso… Reviver [cena parecida com a da morte da mãe] não é igual a pensar a respeito”.