Bastante discreto em sua vida pessoal, o ator Marcos Palmeira, de 59 anos, fez uma rara aparição pública ao lado da esposa, Gabriela Gastal, na tarde desta segunda-feira (5).
Na ocasião, os dois que são casados desde 2016, foram fotografados caminhando em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
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No momento em que foi fotografado, Marcos usava uma camiseta em defesa de uma causa importante. O ator se juntou à campanha Terra É Vida, do Cimi Nacional (Conselho Indigenista Missionário), que tem o objetivo de pedir a derrubada do Marco Temporal.
O que é Marco Temporal?
De acordo com a Agência Câmara de Notícias, Marco Temporal é uma tese jurídica que surgiu em 2009, na qual “os povos indígenas têm direito de ocupar apenas as terras que ocupavam ou já disputavam em 5 de outubro de 1988”. Essa é a data de promulgação da Constituição.
Na noite do dia 30 de maio, inclusive, a Câmara Federal aprovou o Projeto de Lei 490/2007 (agora, no Senado, sob a numeração PL 2903/2023). Essa PL é considerada uma ameaça à sobrevivência dos povos originários e seus territórios.
Esse projeto é defendido por ruralistas e setores econômicos interessados na exploração das terras indígenas e tem como objetivo retirar direitos originários garantidos pela Constituição Federal. Ou seja, é algo que inviabiliza a demarcação das terras indígenas e abre as terras já demarcadas para atividades predatórias, como o garimpo, a mineração e a construção de hidrelétricas e rodovias.
Nas redes sociais, inclusive, Marcos Palmeira gravou um vídeo falando sobre o assunto: “Estou me juntando ao Cimi, que é um grande aliado das questões ligadas aos povos originários, essa campanha contra o marco temporal. Não podemos ter mais nenhum retrocesso. Estamos em 2023, não é possível que a gente não consiga perceber que preservar os nossos povos originários, é preservar a nós mesmos. Então eu digo não ao marco temporal”, declarou o famoso.
Na próxima quarta-feira (7), o Supremo Tribunal Federal irá retomar o julgamento da tese do marco temporal. O ator, juntamente com o Cimi, busca impedir que o projeto seja aprovado. “Demarcar os territórios originários é urgente. Apenas assim, será possível garantir uma alimentação saudável, biomas preservados e um planeta seguro para viver”, acrescentou a página do Conselho Indigenista Missionário.