Carolinie Figueiredo encantou os seguidores em seu Instagram nesta quarta-feira (2), ao compartilhar uma linda foto em que aparece nua tomando banho de rio. Na legenda, a atriz e educadora parental aproveitou para trazer uma reflexão sobre a contradição que existe entre a pressão social para que mulheres se tornem mães e a livre escolha de cada uma.
“Eu a primeira mulher da minha ancestralidade a comunicar a contradição entre ser livre e a escolha de ser mãe. Eu que canto minha alma presa, que clamo pela liberdade como um direito divino. Um medo? Soterrar entre pedidos de mãe-mãe-mãe. Um medo? Chegar ao fim da vida sabendo que todas as vezes que meu coração chamou eu enquadrei, silenciei e me distraí com algo que não me fizesse pensar. Eu trago notícias de um reino onde as contas não fecham. Onde o maior aprendizado do dia é não deprimir com a frustração”, iniciou ela, que é mãe de Theo e Bruna.
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“Onde compra a borracha que apaga os acordos que fiz até agora? É mais pesado pra mulher, sempre mais pesado. Se o homem-pai disser que não deu conta, que precisa de um tempo e investir na própria realização alguém dirá: tudo bem, é comum. E se uma mulher-mãe disser que não deu conta, que precisa de um tempo e investir na sua própria realização: que rótulo usaremos pra descrever a mesma história? Eu primeira mulher da minha ancestralidade a questionar. Provavelmente minha bisavó pensava que a maior insanidade é maternar, mas que condições de se expressar ela tinha?”, continuou a atriz, citando como exemplo, as gerações de antigamente que eram forçadas a gerar filhos submissas aos maridos.
“Lembra que a roda gira e hoje talvez seja só uma fatia não saborosa do mesmo bolo. O que me afaga? Eu serei mãe por toda vida. A cada dia será uma nova oportunidade de observar a culpa, A cada novo dia será o dia de flertar em silêncio com os planos mirabolantes de fuga da realidade. Tem uma esquina que não limpa, que o pano não chega. Aceita e abraça essa parte que não completa. Acolhe e ama com a mesma admiração que tens pela parte forte e criativa. Lembra que todas essas partes são o mesmo conglomerado que és. Pra fazer as pazes com a maternidade é preciso aceitar essa esquina, essa conta que não fecha. Eu honro por poder expressar a voz de tantas que também sentem. Por trazer a voz para todas que escolheram ser mães antes de descobrir quem se é. Se esse texto ressoa com você deixa um coração, porque nossos filhos sabem como acionar nossos botões de explosões, chamados de cura, faz sentido!? Porque amar é cuidar das relações!”, finalizou Carolinie Figueiredo.
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