Uma jornada de superação: Quando a vida surpreende
Nascido na pequena Vila Ação Social, no município de Resplendor, esse indivíduo enfrentou uma infância marcada pela pobreza extrema. Filho de trabalhadores rurais, ele viu a fome como uma companheira constante. Sua mãe criava algumas galinhas para complementar a renda, mas a vida era difícil. Aos quatorze anos, ele decidiu mudar seu destino e partiu para o Espírito Santo em busca de oportunidades melhores.
Enfrentando dificuldades e preconceito, ele conseguiu emprego e, mesmo com um salário irrisório, ajudou sua família. Sua jornada de superação continua, e ele ainda se lembra das boas almas que o apoiaram ao longo do caminho.
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Apesar dessa realidade, algo dentro de mim insistia que minha vida não se limitava àquilo. Aos quatorze anos, decidi mudar meu destino. Embarquei em um pau-de-arara até o Resplendor, enfrentando chuvas e quase sofrendo um acidente. De lá, segui de trem para Vitória, no Espírito Santo, determinado a fazer a diferença em um lugar maior. Inicialmente, fui morar com uma irmã na periferia da capital capixaba
Aos quatorze anos, tomou uma decisão ousada: partir para o Espírito Santo em busca de oportunidades melhores. Em uma viagem arriscada, enfrentando chuvas torrenciais, chegou a Vitória, capital do estado. Na periferia da cidade, na casa de uma irmã, iniciou sua jornada de superação.
Três anos se passaram nesse pequeno espaço, enfrentando necessidades e sem o apoio familiar. Um dia, ao voltar para casa, a surpresa: tudo o que havia conquistado com tanto esforço havia sido roubado. Antônio se viu verdadeiramente só e desamparado.
As palavras do pai ecoavam: “Você vai quebrar a cara e voltar.” No entanto, ele escolheu outro caminho. O pouco que havia conquistado precisava ser recuperado e ampliado. Decidiu seguir seu coração.
Um encontro inesperado com Elizabeth, sua vizinha, mudou tudo. Observando a tristeza e falta de perspectiva de Antônio, Elizabeth provocou a mudança necessária para transformar sua vida. Ela perguntou: “Antônio, o que você gosta de fazer?”. Sem hesitar, ele respondeu: “Gosto de mexer com cabelo”.
A partir dessa resposta, surgiu uma ideia óbvia: “Então, por que você não se torna cabeleireiro?”. Antônio decidiu fazer o curso junto com sua irmã, mesmo trabalhando o dia inteiro entregando talões e enfrentando chuva e sol.
Em pouco tempo, sua rotina ganhou novos contornos. Além de entregar talões e frequentar o curso, ele começou a atender clientes em casa após o expediente. A mudança de perspectiva e a coragem de seguir um caminho diferente transformaram sua vida de maneira surpreendente.
Com dinheiro extra, Antônio improvisou um salão no próprio quarto. O espaço apertado logo se tornou insuficiente, mas Elizabeth sugeriu trocar de imóveis. Ele alugou um novo espaço e deixou a empresa terceirizada após dezessete anos. Assim, Antônio Oliveira deu lugar a Antony Oliver.
Claro, todo caminho tem suas pedras. Mas Antony persistiu. Hoje, fazendo o que ama, o Salão Antony Cabeleireiro, localizado em Itacibá, está há mais de vinte anos no mesmo lugar.
Sua fama ultrapassou os limites do bairro e da cidade, atraindo pessoas de diversos locais. Como forma de retribuição, participo de ações sociais e promovo transformações semanais para pessoas carentes.
“Minha trajetória também chamou a atenção da mídia capixaba”, finaliza.
Assista sua entrevista na íntegra:
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