O sertanejo Marrone usou as redes sociais para negar que realizou um novo procedimento estético. Após se submeter, no início de março, à seis intervenções no rosto, o cantor de 57 anos desmentiu a notícia de que teria feito às escondidas a reversão do procedimento de blefaroplastia, que é a retirada do excesso de pele das pálpebras inferiores.
A coluna conversou com o Dr. Thiago Marra, especialista em vários procedimentos cirúrgicos, incluindo a blefaroplastia. Ele explica se é ou não comum um aspecto não estético mesmo semanas após a cirurgia, além de outros detalhes curiosos.
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“O caso do Marrone, ele fez uma cirurgia de blefaroplastia, aparentemente superior e inferior e na região inferior da pálpebra. É uma cirurgia que a gente tem bastante experiência e que a gente realiza muito, ele teve um ectrópio, um ectrópio é quando há uma eversão da região da pálpebra inferior e aí o olho fica um pouquinho aberto e com um aspecto não estético. Às vezes o olho pode ficar com um pouquinho de dificuldade para fechar totalmente, fica um pouco lacrimejando. Mas ele teve um ectrópio, que é uma reversão da pálpebra inferior que pode acontecer em qualquer cirurgia, com qualquer cirurgião, é uma intercorrência relativamente comum“, esclarece o profissional.
Dr. Marra, também especialista em rinoplastia e lipo, faz alerta aos cuidados para que o caso acima não aconteça. “O tratamento tem que esperar em torno de 6 meses, geralmente ele regride naturalmente um pouco fazendo massagens com um tratamento conservador, mas de um modo geral após um período de 6 meses será necessário uma pequena cirurgia para poder refazer e reforçar a região do tarso inferior“, enfatiza ele.
“Essa fixação ela é feita com a chamada cantopexia, que é um cantinho do lado do olho para reforçar o tarso da região inferior que tende a ser um pouco mais mole, realmente nos pacientes na medida em que vão ficando mais velhos e vão envelhecendo mais. Então, temos bastante experiência com isso, temos até casos aqui reais de outros pacientes também mas acho que não convém colocar também, mas se precisar de fotos de casos como este nós temos exemplos, mas é basicamente exatamente isso, é uma frouxidão que existe na região chamada tarso que é da pálpebra inferior e que após a retirada de pele da pálpebra inferior pode acontecer realmente desse tarso ficar um pouco invertido, ou seja virar um pouco para fora. Então provavelmente, pelos aspectos das fotos e das imagens, muito provavelmente foi isso que aconteceu“.
Dr. Marra reforça sobre casos em que a cirurgia fica um pouco aberta, e que isso é até comum de acontecer, pois o paciente provavelmente tinha um enfraquecimento da região do tarso e possivelmente saiu um pouco mais de pele do que o esperado, e não é caracterizado necessariamente por um erro médico.
“Tem que tomar bastante cuidado para isso para não induzir a gente a falar que é erro médico, pois não é erro médico. Isso pode acontecer, e o tratamento é tranquilo de ser feito, pelas imagens foi um hipertrófico aberto mas foi algo bem pequeno e sutil. Então é algo que vai ser feito com tratamento conservador por um período de pelo menos 6 meses, tende a voltar para o lugar naturalmente, e aí vai melhorar um pouco mas pode ser que não melhore 100%. Caso não melhore 100%, é necessário fazer uma outra pequena cirurgia para reforçar essa região da pálpebra interior chamada de tarso. Essa fixação é feita com a chamada cantopexia, que é um pontinho que reforça o canto lateral do olho e reforça a região do tarso e corrige então essa eversão“, concluiu o especialista.