
O Marco Zero viveu mais uma noite de celebração intensa no Carnaval do Recife nesta segunda-feira (3), com uma programação que misturou tradição, frevo, rock e rap. A festa começou às 16h com o Encontro de Blocos Líricos, enchendo o centro da cidade de nostalgia e poesia. Às 20h, Spok e Orquestra, acompanhado por grandes nomes da cultura pernambucana, como o Grupo Bongar e Mestre Meia Noite, fez o público vibrar ao som do frevo e das influências afro-indígenas. Na sequência, a energia do manguebeat tomou conta do palco com a Nação Zumbi, preparando o terreno para a explosão sonora da BaianaSystem, que fez a multidão delirar. Já na madrugada de terça-feira, foi a vez do rapper Xamã encerrar em grande estilo.
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Alcione, Ferrugem e Menos é Mais marcam o dia de samba no Carnaval do RecifeGloria Groove e Pabllo Vittar fazem show histórico no Carnaval do RecifeSegundo dia do Carnaval do Recife recebe Grande Encontro, João Gomes e Priscila SennaO Encontro de Blocos Líricos abriu a tarde, preparando o público para o que viria a seguir. Às 20h, Maestro Spok tomou conta do palco com a participação de Grupo Bongar, Orun Santana e Daruê Malungo, além das contribuições de Pai Ivo de Xambá, Grupo Xambá das Yabas, Maria Helena Sampaio e Mestre Meia Noite. Em meio aos arranjos e à cadência característica do frevo, Luana Castro, 30, fez questão de prestigiar cada momento da apresentação. “Eu cresci vendo os blocos desfilarem no Centro e hoje estar aqui, sentindo essa energia ao vivo, é emocionante. O frevo não é só música, é identidade, é resistência. Sempre que escuto os metais começarem, meu corpo já responde sozinho”, contou.
Às 21h30, a Nação Zumbi tomou o centro do palco. A performance deixou claro porque segue sendo referência para muitos. Assim como BaianaSystem que, na sequência, fez um dos shows mais aguardados, cumprindo a promessa de explorar a diversidade sonora. Para João Henrique, 40, era essa energia que ele mais aguardava na noite. “É uma catarse coletiva. Esse som, essa vibração, essa mistura que eles trazem faz a gente se sentir parte de algo maior. Não tem como ficar parado, é um transe. Que bom que o Carnaval do Recife proporcionou isso”, disse.
O encerramento ficou por conta de Xamã, já pela madrugada. Para Ricardo Nunes, 26, foi a cereja do bolo. “Ver um cara como ele, com essa pegada mais contemporânea, misturando poesia e batida, é incrível”, afirmou.