Freddie Mercury, o lendário vocalista do Queen, nasceu como Farrukh Bulsara em Zanzibar, uma ilha na Tanzânia. Aos 8 anos, ele foi enviado para um colégio interno na Índia e, em 1964, foi com sua família para a Inglaterra, onde iniciou sua carreira musical.
“Ele realmente queria vir morar na Inglaterra. Como todas as crianças de sua idade, ele conhecia a realidade do mundo ocidental e era fortemente atraído por ela” – explica Jer kaki Bulsara, mãe do músico. As informações são do Primeiro Fan Club do Queen no Brasil.
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Ela diz que desde criança, Freddie gostava de se apresentar. “Ele costumava tocar discos o tempo todo e depois cantava. Qualquer tipo de música: folk, clássica ou indiana“.
A relação da mãe de Freddie com o grande amor da vida do músico, Mary Austin era extremamente boa. Em uma entrevista em dezembro de 1973 ela disse: “Adoro visitar a mãe dele, ela sempre prepara pratos maravilhosos a base de arroz. Ela sempre prepara alguma coisa para levarmos e comermos durante a semana”
E a herança de Freddie Mercury? Ela aprova que ele tenha deixado a maior parte para Mary? “Por que não?“, ela responde. “Ela era como um membro da família para nós e ainda é.”
Em conversa com o veículo The Daily Beast, a mãe de Freddie Mercury revelou que o filho manteve em segredo que tinha AIDS. “Nós ficamos cientes de que ele tinha uma doença, mas não tínhamos ideia do que era ou do quão sério era”, contou Jer Bulsara.
No entanto, em agosto de 1990, ela viu algumas marcas estranhas no pé de Freddie, e o músico disse: “Você tem que entender que o que eu tenho é terminal. Eu vou morrer.”
Ela ainda revelou que a última vez que os dois se viram foi um momento extremamente emotivo: “Ele perguntou: ‘Você está bem? Alguém da mídia preocupou você?’ E nós dissemos: ‘Não se preocupe conosco, querido.’ Ele estava tão doente e ainda assim estava sendo tão carinhoso”.
“Foi um dia muito triste quando ele morreu, em novembro de 1991, mas de acordo com a nossa religião, quando é a hora certa, você não pode mudá-la. Você tem que ir. Deus o amou mais e o desejou com Ele e é isso que guardo em minha mente. Nenhuma mãe quer ver seu filho morrer, mas, ao mesmo tempo, ele fez mais pelo mundo em sua curta vida do que muitas pessoas poderiam fazer em 100 anos. Dias antes Jer ligou para os parentes na Índia pelo telefone: “Reze por Freddie. Ele está muito doente. Não há cura; estou com tanto medo”, lembrou.
“Depois que ele morreu, meu marido e eu sentimos tanta falta dele que decidimos nos mudar para Nottingham, onde Kashmira estava morando com o marido, Roger, para que pudéssemos estar perto dos nossos dois netos. Eu me estabeleci e estou feliz aqui”.
Brian May, guitarrista do Queen, manteve um relacionamento próximo com a mãe de Mercury mesmo após a morte do vocalista. Ele disse: “Ela estava conosco o tempo todo. Ela amava o fato de que o espírito de Freddie vivia tão fortemente no trabalho que estávamos fazendo, e que Freddie sempre foi uma parte física de nossos shows ao vivo. Em momentos particulares com a gente, longe do brilho dos holofotes, nos últimos anos Jer estava sempre pronto com uma xícara de chá quando visitávamos, e sempre fomos capazes de falar sobre ‘Meu Freddie’ sem timidez, sentindo que o espirito dele estava sempre por perto.”
Brian May anunciou sua morte em seu site, dizendo que ela se foi “muito calma e pacificamente” enquanto dormia. “Jer era uma mãe calorosa e dedicada a Freddie e, como Freddie, sempre tinha um brilho forte nos olhos”, completou. Com nada menos que 94 anos de idade, Jer Kaki Bulsara faleceu, em 13 de novembro de 2016.