4 anos: os impactos de This is America, de Childish Gambino

No dia 5 de maio de 2018, Donald Glover, ou Childish Gambino, dava um salto em sua trajetória como artista musical, lançando a poderosíssima This is America. O artista, que gosta de produzir discos (já são 7, somando álbuns inéditos e remixes), apostou na combinação matadora de single + clipe. Na verdade, uma superprodução.

O clipe de This Is America trouxe para a frente da câmera tanta informação, tantos recados, que é possível encontrar uma infinidade de vídeos no Youtube de pessoas ‘decifrando’ a obra frame por frame. Cada cena tinha um ou mais significados, histórias por trás, que ajudaram a levar a mensagem mais importante da música adiante: o inferno que é ser negro nos Estados Unidos da América.

Gambino critica de maneira nada sutil durante o clipe coisas como o livre acesso às armas de fogo nos Estados Unidos, a matança desenfreada de jovens negros inocentes, a apropriação de símbolos da cultura afroamericana, o delírio das redes sociais, entre outros temas. Tudo ao mesmo tempo. Enquanto Donald dança para a câmera, o mundo acaba pelas suas costas. “Esta é a América. Olha como eu tô me drogando. Eu sou tão estiloso (tão estiloso), estou de Gucci”.

A música foi lançada no Saturday Night Live e contou com o apoio de outros rappers, que ajudaram a gravar vozes de poio no estúdio: Young Thug, Slim Jxmmi, BlocBoy JB, 21 Savage e Quavo.

O clipe é dirigido por Hino Murai, cineasta japonês que é amigo de Donald Glover. Os dois formam uma dupla bastante afiada e que carrega entrosamento de outra grande produção: Atlanta, série criada por Glover que já está na terceira temporada.

This Is America rendeu 3 Grammys para o artista, nas categorias de Melhor Performance de Rap, Melhor Clipe e Canção do Ano. Ao todo, são mais de 831 milhões de visualizações no Youtube.