A cantora e compositora britânica Gabrielle Aplin se une ao fenômeno brasileiro Zeeba em uma nova versão de seu hit “Skylight”, trilha sonora da novela “Todas as Flores”, do Globoplay e faixa de abertura de seu recém-lançado álbum “Phosphorescent”. O pop alternativo e intimista da versão original ganha novos contornos de cumplicidade e aconchego ao se tornar um dueto.
Com este lançamento, Gabrielle reforça sua conexão com o público brasileiro – a artista desembarca em São Paulo nesta semana para uma exposição de arte e um show intimista apresentando o universo de “Phosphorescent” para seus fãs. Desde que começou a lançar covers no YouTube há pouco mais de uma década, Aplin conseguiu um álbum com certificação de Disco de Ouro, que chegou ao segundo lugar das paradas no Reino Unido (“English Rain”, de 2013) e acumulou 258 milhões de visualizações em seu canal.
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No Brasil, ela liderou as paradas em 2016 com o hit “Home”, que foi tema da novela “Totalmente Demais” (TV Globo). O sucesso foi tanto, que a artista fez uma performance ao vivo no meio da trama. Agora ela abre uma página nova em sua carreira com o novo disco. Confira a entrevista!
Lançado agora no mês de janeiro através das plataformas musicais, o álbum “Phosphorescent”, trouxe um ar mais intimistas e de enxergar luz após um momento que foi bastante difícil para o mundo inteiro, a pandemia. Mesmo que o projeto não tenha se tornado necessariamente um produto da mesma, como nasceu a essência desse projeto?
O período mais pesado da pandemia foi de um isolamento muito forte para mim, lá no Reino Unido. Na época, eu não tinha nada planejado de “vou fazer um disco”, nenhuma pressão tipo “olha, você tem que lançar um álbum novo”. Eu só estava escrevendo por diversão. o momento que eu notei que estava fazendo um álbum foi assistindo aquela série “Planeta Azul”, de documentários sobre os oceanos. E eles vão, em um dos episódios até a Fossa das Marianas, o lugar mais fundo dos mares e que inspirou a minha faixa “Mariana Trench”. Os cientistas por anos achavam que aquele era um ponto de escuridão e sem vida, mas mergulhando lá se encontrou muita vida e senti que essa era uma boa metáfora para o que estávamos passando como humanos.
Para muitas pessoas, a música, ela acaba se tornando uma importante ferramenta de terapia, por assim dizer, que nos conforta e ajuda a lidar com diversas situações, no seu caso, arrependimentos e autorreflexão. Acredita que a música tenha exercido um papel crucial em sua vida nesses últimos anos?
Sim! E sinto que durante a pandemia senti que as pessoas redescobriram em muitos casos que elas podem ser criativas e isso faz bem pra elas, não só música, mas literatura, gastronomia… Que você podia fazer algo além. Conheço muitas pessoas que até mudaram de vida, abriram novos negócios nesse momento. Sinto que mostrou a necessidade que sentimos de sermos artistas, cada qual do seu jeito.
A respeito do autoconhecimento que obteve na construção de “Phosphorescent”, você consideraria que a Gabrielle de antes é ainda a mesma após o trabalho com essas músicas? Quem é a Gabrielle Aplin hoje?
Eu realmente sinto que sou outra pessoa mas de um modo positivo. Voltei para o interior onde cresci, com mais contato com a natureza. O disco foi feito nesse processo de me descobrir.
Quem a conhece ou procura saber mais sobre sua vida, sabe que a música é um elemento presente em todo seu cotidiano, tanto que é que hoje os seus números expressam o alcance e o poder que exerce, incluindo mais de 1 bilhão de streams nas plataformas, um álbum certificado com Disco de Ouro, alcançando o segundo lugar no Reino Unido, além de 258 milhões de visualizações. Se pudesse conversar com a Gabrielle de uma década atrás, dos covers no YouTube, o que teria a dizer pra ela depois de tudo que viveu até hoje?
Eu diria que não precisa ter medo e para ela curtir tudo. Muita coisa aconteceu muito rápido. Eu cresci numa família pobre e do nada estava rodando o mundo. Foi intenso e eu tinha ansiedade o tempo inteiro.
Além de você, o projeto contou com a ajuda do produtor Mike Spencer e de sua parceira de composição Liz Horsman, e que nesse projeto ajudou a transcrever toda a inspiração que você obteve em contato com a natureza. De vivência, quais são as verdadeiras potências dela para nos inspirar artisticamente?
Foi tudo maravilhoso. Aliás, eu falo pro Liz e pro Mike que eles são tipo meus pais na música. Eu fiz o “English Rain” com o Mike. Foi como revisitar isso com mais experiência e maturidade.
Para os fãs da televisão, você também tem se destacado bastante nas trilhas sonoras da teledramaturgia brasileira, sendo que suas músicas participaram das trilhas da novela “Totalmente Demais” e mais recentemente, na trilha de “Todas as Flores”, novela da plataforma de streaming Globoplay. Esse sucesso do público que vem da televisão, tem chegado até você?
Sim, e é incrível! Eu amo muito o modo como o audiovisual pode mudar o contexto de uma música e como as pessoas tem criado seus próprios sentidos para elas aqui também guiadas pelo audiovisual. Um tempo atrás, fiz um cover para um disco de natal no Reino Unido que foi aproveitado na Austrália num fim de terror de um jeito incrível.
Falando no Brasil, hoje você está aqui promovendo o lançamento do seu álbum, e gostaria de perguntar o que mais tem gostado no país e quais são as principais diferenças culturais que encontrou em comparação com o Reino Unido?
As pessoas são tão amigáveis! Eu adoro conhecer pessoas e ser mais aberta e no Reino Unido é o oposto disso. Eu sinto que no Brasil posso ser eu mesma sem parecer esquisita! (Risos)
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SERVIÇO DOS EVENTOS:
GABRIELLE APLIN – EXPOSIÇÃO NA URBAN ARTS
Data: 28/01 a 05/02 (para todo o público)
Horário de funcionamento da visitação: segunda a sábado, das 10h até às 20h. Domingo, 12h às 18h.
Local: Urban Arts Vila Madalena
Endereço: R. Aspicuelta, 10 – Vila Madalena, São Paulo – SP
Classificação: livre
GABRIELLE APLIN – SHOW EM SÃO PAULO
Data: 28/01/2023 (sábado)
Horário: 19h, abertura da casa; 21h, show;
Local: Casa Rockambole
Endereço: Rua Belmiro Braga , 119 – Pinheiros – São Paulo/SP
Ingressos: A partir de R$ 55 (lote promocional)
Classificação: 16 anos (10-15 anos, acompanhados de responsáveis)
Importante: Uso recomendado e incentivado de máscara; comprovante de vacinação contra Covid-19 exigido, em atendimento ao Decreto nº 60.488
Área de Fumantes e Acesso para pessoas com deficiência.
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