Parece filme com roteiro de Spielberg, mas é a mais pura realidade. A inteligência artificial chegou com muita força com o objetivo de facilitar processos e otimizar tempo, mas com isso chegaram os ônus e bônus.Nas artes, o tema tem sido discutido com muita frequência, porque com a otimização dos processos, diversos profissionais tem perdido oportunidades de trabalho.
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Devido a greve dos roteiristas ter crescido em Hollywood e muitos artistas e atores abraçarem e abrangerem a causa; séries, filmes, animações estão sendo adiadas impactando diretamente nas escalas dos dubladores, ou seja, vi, juntamente com os meus colegas de profissão, a demanda de trabalho baixar.
A atriz e dubladora Ariane Riveri utilizou suas redes sociais para reclamar e alertar sobre o assunto e chegou a citar que a profissão pode ser até ser extinta porque a I.A. consegue fazer um trabalho que é envolvido com mais de 80 pessoas que envolve roteiro, produção, finalização e entrega do material.
“Mas aí que mora o grande problema, a I.A para fazer o seu rápido trabalho precisa de dados. Nesse caso, as vozes de pessoas, artistas etc.. Para ser concedido esses dados, será necessário apenas um dia trabalhado. Você recebe por aquele dia e sua voz/imagem fica vitalício para a I.A. e também poderá ser utilizado sem nenhum tipo de controle e nem remuneração’, alerta a atriz.
“Ainda tenho minhas dúvidas sobre a I.A nos auxiliar nessas áreas, porque na cabeça de um investidor ou produtor, se conseguimos ter auxílio podemos muito bem substituir para cortar custos. O mercado pensa assim. É necessário a regulamentação da I.A para os limites serem estabelecidos”, declara. “Lutamos desde sempre pela dignidade das categorias artísticas”, finaliza a atriz.
Importante lembrar que a arte nasce da sensibilidade humana e tirar isso sendo substituída por I.A é literalmente tirar a alma do que nos move: a vida. Com suas mais diversas falhas e imperfeições.