Talvez você não o conheça de imediato pelo seu nome, mas Leo Chaves até então fazia parte da dupla ‘Victor & Leo’, que deu uma pausa por tempo indeterminado. Os irmãos, inclusive, foram jurados das duas primeiras temporadas da versão brasileira do The Voice Kids.
Leia também: Dupla sertaneja! Victor Chaves resgata foto antiga de Leo Chaves e declara amor pelo irmão
Carregando...
Não foi possível carregar anúncio
Sozinho, o cantor agora volta ao universo dos realities musicais na primeira temporada do The Four Brasil, na TV Record. Leo Chaves esteve numa coletiva do programa e nos falou sobre algumas das impressões que teve sobre essa grande estreia do programa musical e visões abrangentes sobre o mundo da música.
The Four: a estreia
“Eu nunca estive ali, mas deve ser uma pressão pura. Imagina o seguinte: você faz parte do The Four e passou 3 meses ensaiando aquelas canções pra mostrar ali, além disso você passou anos reunindo os atributos pra você ser um The Four e cantar. Só que agora você tem dois minutos, sem falhas, ter que mostrar 100% e o nervosimo, né”, pontuou o cantor sobre o reality e a experiência de estar nele.
“Isso aqui é a batalha dos fenômenos, cara. Sinceramente, os 4 The Four’s que estão ali tem um conteúdo técnico especial, de expertize no palco, uma versatilidade… São sensacionais, os 4 são sensacionais. Tanto a Stanya, quanto a Bruna, quanto o Eric e o Mansu, eles reúnem predicados que qualquer artista do topo hoje, que sinceramente alguns não tem”, finalizou.
Carreira musical sólida?
“Eu citaria dois pilares das palestras que faço hoje, eu divido muito com as pessoas isso, por experiência própria… Você construir uma marca é difícil, mas pra você sustentar é muito mais difícil. Além de ser bem mais fácil de lidar com o anonimato do que com a fama. O sucesso vem acompanhado da fama. O cara que tem a consciência de que é necessário se reinventar, na era digital, na era da informação. Não existe hoje um ‘ah, vou criar uma música pra eternizar’, tudo é velocidade”, afirmou Leo Chaves.
Questionado sobre se isso não seria ruim por acabar criando músicas descartáveis, ele complementou: “Tem os dois lados da moeda. Eu creio em poucas canções que vão ficar, mas a realidade hoje é que quem viveu aquela época que se lançava um grande hit com poesia, com arranjo sensacional, aquele que fica até hoje até eternizar… Quem viveu isso, viveu, quem não viveu, não vai viver mais. Eu acho que dificilmente! As pessoas querem as coisas mais rápidas, mesmo”.
Hits do momento estão desaparecendo?
“Tem total fundamento porque é o demais que vira pouco e a intensidade que vira diminutivo. A vida é assim. Então, se você tem uma avalanche daquele estilo de música de cantores que ficam repetindo, imitando o outro, as pessoas vão enjoar. É por isso que passa, eu acho que é importante a reinvenção. Se tem algum gênero hoje que perdura, é aquele que se reinventa e se torna sustentável. O artista hoje que não se torna versátil, fica pra trás. Passou aquela época em que cantar ou compor era suficiente, ou tocar muito, cantar muito bem…
Isso não é mais suficiente, passou aquela época em que o jornalista pra ser bom ele precisava simplesmente ler muitos livros e ter uma cultura vasta. Se você não simplesmente adotar a empatia, networking, sabe quebrar janelas no dia-a-dia, ou também digital, marketing nos seus atributos, você fica pra trás. Música é uma coisa, acho que a versatilidade é um ponto chave. Então o cara além de saber o que vai gravar, tem que se moldar tecnicamente, tem que entender um pouco de gestão, saber tomar decisões, gerir pessoas, administração, escolhas, ter visão empreendedora, gerar empatia com as pessoas… Versatilidade é um ponto chave pra você se manter na carreira da música.”
Sucesso de programas regionais, religiosos e sertanejos à coisas mais elaboradas.
“A simplicidade vai sempre representar a base da pessoa, como dizia uma escritora, ‘o simples é o resgate da essência’, então o menos é mais, por isso que as pessoas gostam do que é simples. As vezes você posta uma foto com um monte de coisa, dá pouco comentário. Às vezes você só mostra os pezinhos, algo na Fazenda, sem nada demais, descalço, as pessoas vão gostar. Às vezes uma canção que você coloca cheia de coisas, super moderna, vai virar nada. Acho que tudo isso remete a simplicidade, o menos definitivamente ser mais para as pessoas e o simples ser difícil de conseguir.”
Victor & Leo: músicas que marcam a vida das pessoas.
“Eu e o Victor sempre colocamos nossa digital dentro de um contexto de sensibilidade, de emoção, as próprias canções que falam de natureza, daquilo que é essencial, sempre esteve envolvida num momento especial, com alguém, marca… A gente tem algumas canções na linha do tempo, que é tema de casamento como Meu Eu em Você, a própria Borboletas, Deus e Eu no Sertão, Vida Boa, Menino Apaixonado, Fada… Deixamos um legado interessante, a gente vai no Brasil inteiro de norte a sul e lida com pessoas com algum tipo de experiência que marcaram com as nossas canções. Acho que isso que o artista tem pra deixar. As pessoas se preocupam muito com a coisa do Victor e Leo acabar… É uma pausa, é uma necessidade dos dois de se experimentar individualmente.”
Projeto de teatro com Sérgio Reis
“Tenho ainda, eu fui convidado pra fazer um musical com o Sérgio Reis, eu não sei quando vai ao ar, mas como não sou eu que tomo a frente do projeto, estamos aí… O convite está aceito. Faz parte da minha trajetória musical… Talvez o Sérgio Reis seja um dos maiores cantores, com legado de repertório de sucessos da música sertaneja. Sem dúvidas, é um ícone, não só do mundo sertanejo, mas da música brasileira.”