Muita gente que já assistiu a “Samantha!”, nova série do Netflix, encontrou paralelos entre a protagonista interpretada por Emanuelle Araújo e a cantora Simony, revelada no grupo infantil, A Turma do Balão Mágico.
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♫♫”Ele disse que o espaço é um abraço boooom. E juntos inventamos a Turminha Plimplom!”♫♫
No currículo, além dos versos chicletes acima, o produtor foi o responsável por simplesmente criar letras para ninguém menos que Turma do Balão Mágico, Eliana, Menudo e para o grupo Dominó.
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O compositor Edgar Poças (FOTO: Reprodução site Edgar Poças)
O autor dos hits “A Galinha Magricela” e “Ursinho Pimpão”, foi quem compôs as letras chicletes de “Abraço Infinito” e “Estrela da Manhã”, as duas músicas da Turminha Plimplom, a fictícia banda infantil da série.
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Convidado pelo músico Fábio Goes, que já estava envolvido com a trilha do seriado, e pelo diretor e criador Felipe Braga, o compositor teve uma missão difícil: criar um novo sucesso dos anos 1980 para uma série criada em 2018.
“Ele disse que me convidou justamente pelo que eu havia desenvolvido com o Balão Mágico, para o qual eu fiz todas as letras praticamente, 98%” explicou o produtor. “É difícil você fazer um sucesso de uma coisa que não foi. É como fazer um sucesso da época. Eu fiquei até assustado ‘puxa vida, é um convite legal, mas é difícil’. Mas saí de lá contente”, acrescenta na entrevista à jornalista Beatriz Amêndola.
Na entrevista, o produtor também explicou que procurou criar em cima dos ícones que resgatou da época.
“O que é um ícone? É uma coisa que representa algo. Então você junta coisa: ‘Isso aqui não se falava, isso aqui se falava, qual seria a sintaxe do tempo?’ Eu olhei pra trás e fiz” revela Poças.
![edgar poças](http://observatoriodemusica.com.br/wp-content/uploads/2018/07/edgar-po%C3%A7as.png)
O disco Edgar Poças com sucessos do compositor (FOTO: Reprodução)
A ideia do “disco voador” como um dos elementos principais da música “Abraço Infinito”, que é reproduzida em quase todos os episódios da série, veio de uma vontade de juntar o espírito dos anos 80 com a contemporaneidade. Se por um lado, o “disco voador” soa como as bandas infantis que tinham veículos no nome, como o Balão Mágico e o Trem da Alegria, por outro, ele tem um significado baseado no século 21.
” ‘Quando esses caras vão chegar aqui?’ Por isso que eu entrei na linguagem do disco voador. Eu achei que o interesse seria esse. Tem a patrulha, o balão, o trem, aí eu falei: ‘É o disco voador’” explica.
Todo o resultado do processo musical acabou deixando o criador e diretor de “Samantha!” bastante entusiasmado.
“Essas músicas dos Plimplons são muito especiais pra gente, porque elas ficaram muito boas e porque elas dão bastante autenticidade para a série como um todo”, afirmou o criador Felipe Braga. “Ele veio com essa linguagem que faz parecer que fazia parte do nosso passado, mesmo sendo uma obra que a gente fez pra ‘Samantha!’ especificamente. Virou parte do nosso passado apesar de nunca ter existido” acrescenta.
Com a boa repercussão da série, Edgard Poças dá seu palpite sobre as canções da sitcom poderem levar os espectadores mais jovens a se interessarem pelas músicas dos anos 80.
“O que eu acho que pode haver é [um interesse] pelo nome, abraço infinito, pelo que fala a letra. É mais fácil buscar o interesse por isso, pelo extraterrestre, do que pela levada da música. Quando eu era pequeno, adolescente, Nat King Cole gravou ‘Unforgettable’, e isso era do tempo dele. Anos depois de ele morrer, a filha dele regravou e estourou no mundo inteiro. Pode acontecer” afirma.