Betty Faria está de volta às novelas em Volta por Cima, que fez sua estreia na última segunda-feira (30), no horário das sete da Globo. A atriz, de 83 anos, relembrou a censura sofrida na época da Ditadura Militar (1964-1985), em que a primeira versão de Roque Santeiro foi impedida de ir ao ar.
Em entrevista à coluna Splash, do UOL, a atriz relembrou a derrubada do Governo sobre a trama, que estrearia em 27 de agosto de 1975, e foi impedida de ir ao ar no dia de sua estreia. Na história, ela interpretaria a Viúva Porcina, um dos destaques da história, que foi vivido por Regina Duarte na versão de 1985 – e será reprisada a partir deste mês de outubro, no Canal Viva.
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“Não dá pra ser alienada”
Na percepção de Betty Faria, é fundamental que um artista seja posicionado sobre temas políticos e sociais, e deu a situação como exemplo: “Tenho toda uma vivência, um passado político, porque vivemos os anos 1970, a ditadura militar. Tive trabalhos censurados, tive peças de teatro censuradas, filmes e novela censurados. Vivemos isso intensamente. Não dá para ser alienada. Eu não consigo me alienar [sobre] o mundo a volta. Sou participante mesmo”, disse.
Apesar do afastamento de cinco anos, Betty Faria descarta abandonar as novelas. “Teve muita coisa [nesses cinco anos]. (…) Eu sempre volto porque gosto de fazer novela. É um grande exercício. A gente sai de uma novela e está em forma, vai fazer teatro, vai fazer cinema porque é um exercício bom mesmo. Gosto da minha profissão”, concluiu ela.
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