Duda Batsow, a Jéssica em ‘Todas as Flores’, revela sentimento em cenas fortes: “crueldade sem tamanho”

Duda Batsow brilhou nas telinhas na novela ‘Todas as Flores’, disponível na Globoplay e emocionou o público com a trajetória triste de Jéssica, sua personagem que foi vítima de tráfico humano. Com a mesma idade da personagem, a atriz refletiu sobre os sentimentos que viveu ao gravar cenas fortes na trama.

Em entrevista exclusiva ao Observatório dos Famosos, Duda Batsow deu detalhes da sua personagem e falou sobre uma das cenas mais aguardadas pelo público, em que Jéssica dá luz ao filho que foi inseminada sem consentimento.

Além disso, Duda Batsow contou como foi trabalhar na primeira trama feita para a plataforma de streaming, ao lado de grandes estrelas como Regina Casé, Nicolas Prattes, Kelzy Ecard e entre outros.

“Crueldade sem tamanho”

Sua personagem começou a ganhar muito destaque logo na primeira temporada de “Todas as Flores”, primeiro tendo que cuidar do irmão mais novo e posteriormente, sendo vítima de tráfico. Como você vê o amadurecimento forçado de Jéssica, que tem a mesma idade que você?

Realmente foi um amadurecimento totalmente forçado. Ela no início da trama, apesar de já ter 18 anos, ainda tinha características infantis, de uma menina mais ingênua apesar de sempre ter sido desconfiada e sagaz; contudo, no decorrer da história, ela é exposta a situações que provocam esse amadurecimento.

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Na hora de gravar, eu me doo ao máximo a experiência que o personagem está vivendo. Durante o período de gravação dessas cenas, a dor da personagem repercutiu muito em mim também

Duda Batsow

Jéssica sofreu muito na Fazenda, sendo inseminada sem consentimento, sofrimento na cena pós-parto, em que teve seu bebê arrancado dos braços e roubado pelo tráfico humano. Qual foi a sensação de gravar essas cenas?

Esse momento foi um dos mais delicados na história da personagem, ela nunca quis esse filho. O fato dessa criança ter sido inseminada contra a sua vontade já é de enorme crueldade por si só, mesmo assim esse filho acabou sendo sua única companhia confiável lá dentro e obviamente esse feto não tem culpa nessa enorme organização que é o tráfico humano.

Dessa forma, a perda desse bebê foi extremamente dolorosa inclusive para mim no processo de construção dessa cena. Na hora de gravar, eu me doo ao máximo a experiência que o personagem está vivendo. Durante o período de gravação dessas cenas, a dor da personagem repercutiu muito em mim também.

A personagem vem ganhando cada dia mais apreço do público, você sente esse carinho vindo deles? Está sendo reconhecida na rua por Jéssica, se sim, como se sente?

Eu tenho percebido esse carinho do público, eles sentem muita empatia pelo meu núcleo em geral e sinto essa vibração na torcida para a superação dessa família. Sou reconhecida na rua, às vezes de maneira mais inusitada e até engraçada, mas sempre com muitos comentários positivos a respeito da novela como um todo.

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Na novela do streaming, está atuando ao lado de atores bem renomados, como está sendo essa troca com atores experientes da casa?

É muito bom ter tido a sorte de ter trabalhado com pessoas tão queridas e tão feras no que fazem. O Marcos Palmeira é um querido e me ensinou várias coisas durante o período das gravações [de E Aí… Comeu?]. Em “Amor de Mãe”, ter sido filha do Kike Diaz e da Clarissa Kiste também foi um presente, eles foram super queridos e atenciosos, também aprendi muita coisa. E, agora, em “Todas as Flores”, com a Kelzy Ecard e o Nicolas  Prattes foi, de novo, uma alegria. A Kelzy é uma atriz super querida e experiente, tive muitas trocas boas com ela inclusive sobre assuntos de fora do trabalho.

O que Duda gosta de fazer quando está fora dos estúdios? Algo que não abre mão de fazer sempre que está com tempo livre. 

Eu adoro surfar nas horas vagas, mas quando a natureza não permite, eu gosto de assistir filmes, encontrar meus amigos, ir à praia para ler e, quando é possível, viajar.

Quais são os próximos passos, já está com mais trabalho em vista após Todas as Flores? 

Tenho um novo trabalho que está por vir, é a série “No Ano Que Vem”, produção da Fina Flor Filmes, direção da Maria Flor em parceria com a Mariane Macedo. Na série, eu vivo a Vitória, uma jovem estudante de moda que mora em Londres e que no decorrer da trama tem alguns conflitos com a mãe, Ana, personagem da Julia Lemmertz (outra sorte ter ganhado essa atriz maravilhosa como mãe).

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