Luto

Eutanásia: entenda o procedimento de morte assistida escolhido por Antonio Cícero

Diagnosticado com Alzheimer, poeta e acadêmico morreu nesta quarta-feira (23), na Suíça

Publicado em 23/10/2024 12:28
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Antonio Cicero, renomado poeta e filósofo, faleceu aos 79 anos na quarta-feira (23). O autor foi submetido a um procedimento de eutanásia na Suíça, onde estava acompanhado do marido, Marcelo Pies. A decisão, segundo relatos, foi planejada devido ao diagnóstico de Alzheimer.

Cicero, que era um dos imortais da Academia Brasileira de Letras, expressou seu amor pela literatura e pela vida em sua carta de despedida. Em suas palavras, ele se sentia “envergonhado” por não poder reencontrar amigos devido à sua condição. A carta reflete a dignidade e a lucidez que ele mantinha até o fim.

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Irmão da famosa cantora Marina Lima, Antonio Cicero deixou um legado significativo na música brasileira. Seus poemas ganharam vida nas vozes de artistas renomados, incluindo Lulu Santos e Adriana Calcanhotto. Ele foi um dos pioneiros a unir poesia e música, perpetuando sua obra nas gerações futuras.

Dias antes de sua partida, Cicero viajou a Paris, uma cidade que sempre amou, para se despedir de seus encantos. A escolha pela eutanásia foi um ato de liberdade, refletindo sua crença de que a decisão sobre a própria vida deve ser pessoal e respeitada.

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O corpo do poeta será cremado e suas cinzas trazidas ao Brasil por Marcelo Pies. Amigos e admiradores lamentam a perda de um ícone da literatura, cuja presença fará falta no cenário cultural brasileiro. Ele deixa um legado que continuará a inspirar novas gerações.

Eutanásia

A eutanásia é um tema delicado e controverso, especialmente em países onde sua prática é considerada ilegal, como o Brasil. As leis em vigor garantem o direito à vida, mas não contemplam a autonomia do indivíduo em casos de sofrimento extremo e incurável. Essa discrepância gera intensos debates éticos.

Enquanto em países como a Holanda e o Canadá a eutanásia é legalizada sob condições específicas, no Brasil a discussão ainda é incipiente. A realidade é que muitos enfrentam dilemas semelhantes ao de Antonio Cicero, levando a sociedade a refletir sobre os direitos dos pacientes e a dignidade no final da vida.

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