OPINIÃO

Marina Ruy Barbosa, Mônica Martelli e cia têm muito a aprender com Tatá Werneck

Marina Ruy Barbosa e Mônica Martelli deram mal exemplo para seus seguidores em plena pandemia

Publicado em 07/07/2021
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  • texto de Endrigo Annyston, editor-chefe do Observatório dos Famosos / Twitter @annystonreal

No final de semana, Marina Ruy Barbosa promoveu uma festa de aniversário com shows e aglomeração. Algo nada recomendado pelas autoridades, que limitam tais encontros a dez pessoas. O motivo é óbvio: vivemos uma pandemia e o Brasil está bem longe do índice desejado de vacinados para que possamos recomeçar a “vida normal”.

Apedrejadas, Marina Ruy Barbosa e Mônica Martelli, uma de suas convidadas, se desculparam. Monica, era amiga próxima de Paulo Gustavo, uma das vítimas da covid-19. Depois da perda irreparável para o humor brasileiro, ela passou a pregar que Paulo morreu pela falta de vacinas (o que é verdade) e esteve presente em protestos contra Bolsonaro (presidente que recusou várias vezes a compra do imunizante).

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Não bastasse isso, Mônica é participante do Saia Justa, programa de debates do GNT no qual semanalmente, junto as demais debatedoras, promove críticas e dita regras. Uma delas não valeu para ela: não adianta pregar contra aglomerações e participar de uma. Isso é hipocrisia. Paulo morreu sim pela falta de vacina, mas também pela inexistência de responsabilidade de grande parte dos brasileiros.

Era um evento com alguns dos convidados imunizados e testados? Era. Mas quantos brasileiros vivem a mesma situação? Num país em que o auxílio emergencial é de 150 reais, quase o preço para o teste rápido de covid! Se você é famoso, e consequentemente, influencer, por qual motivo vai promover um evento e deixar chegar aos seus seguidores esse mal exemplo? O ideal, é que haja uma influência benéfica para todas as partes, afinal, neste caso, estamos falando de vidas.

Mas quantos famosos têm dado bons exemplos? Pouquíssimos. O que vemos, são várias festas e viagens para Maldivas e cia. Tem celebridade que nunca soube, desde março do ano passado, o que é ficar em casa (ou fingir que está e fez isolamento).

Marina desabafou dizendo não ser perfeita. Mas esse exemplo era fácil de dar, teria evitado todo esse hate e manteria a imagem de princesa que só interpreta mocinha, não aceita mexer nos cabelos ruivos de jeito nenhum e divulgando sua lojinha de joias toda fofa e meiga. Afinal de contas, já dizia Samantha Schmütz: “tem famoso se passando por artista só pra vender shampoo”.

Enquanto isso, outra grande amiga de Paulo Gustavo, Tatá Werneck foi espinafrada por ter ido ao seu velório com duas máscaras pff2 e face shield, além de usar uma vestimenta fácil de ser retirada depois da despedida. Ah, ela também ficou bem pouco no funeral, foi somente se despedir. Depois de dois meses de muitas preces, inclusive online (Tatá reunia seguidores de madrugada para rezar o terço!), ainda assim, foi massacrada, mesmo estando absolutamente correta.

A humorista, que está isolada em casa, preservando seus familiares e amigos, frequentemente faz doações nas redes sociais e estimula seus amigos a fazerem o mesmo. Chegou ao ponto de pedir a uma empresa que usasse seu nome e imagem (sem cachê) para ajudar mulheres grávidas sem recursos. Porém, apesar de todos esses bons exemplos, houve uma parcela de seguidores que julgou que Tatá estava errada.

Ora, no Brasil em que muita gente se recusa a usar máscara, não soa novidade. No entanto, é desse tipo de influencer que o país precisa. Tatá é humana, sensível e sabe de sua responsabilidade enquanto persona extremamente visada. E olha que é humorista, fez novelas, participou do BBB, mas neste momento tratou tudo com muita seriedade. Não despreza seus fãs e, inclusive, mesmo despedaçada com a perda do amigo, usa parte do seu tempo para divertir seguidores nesse momento tão difícil que enfrentamos. Muitas vezes chorando, mas tentando manter-se forte.

Numa época em que se posicionar é tão importante, também dá pra separar o joio do trigo. Ou seja, aqueles que se manifestam somente por likes e visualizações, dos que realmente estão envolvidos nessa causa tão importante que é salvar vidas.

Obrigado Tatá Werneck, por ser tão fundamental nesse momento. Felizes aqueles que se espelham em você, nunca perca esse olhar para o outro. E felizes também o Paulo, que pôde conviver com uma amiga tão especial, seus pais, com motivos de sobra pra ter orgulho, e a pequena Clara Maria, que tem um ótimo exemplo para se espelhar.

Já Marina, “levanta a cabeça princesa, senão a coroa cai”. E Mônica, sinceramente, esperávamos muito mais de você.

Sabem aquele vídeo da Keila Mellman? Ele não foi feito para causar riso, e sim para pensar, algo tão em desuso atualmente… “Quer postar? Posta, mas é de bom tom????”

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