Bate papo com o cientista Eduardo Brunetti Cunha

Dr. Eduardo é um jovem cientista e também um grande entusiasta da ciência, que vem se destacando na pesquisa brasileira
Bate papo com o cientista Eduardo Brunetti Cunha
Reprodução/Internet
Eduardo Brunetti Cunha (Foto: Divulgação)
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Dr. Eduardo é um jovem cientista e também um grande entusiasta da ciência, que vem se destacando na pesquisa brasileira, recentemente teve excelentes trabalhos publicados em revistas de grande prestígio internacional como a Seminars in Cell & Developmental Biology (título do trabalho Biogênese de RNAs circulares e seu papel nos fenótipos celulares e moleculares de distúrbios neurológicos – artigo que fala sobre o recém descoberto RNA circular) e o quentíssimo trabalho sobre a COVID-19 publicado na Free Radical Biology & Medicine (Suscetibilidade dos pacientes infectados com Sars-Cov2 ao estresse oxidativo e possível interação com a gravidade da doença). Para vocês terem uma ideia, essas duas revistas estão no hall das melhores revistas do mundo, nas suas respectivas áreas, incrível né?!

Separamos algumas perguntas para o Dr. Eduardo:

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Por que quis virar cientista e professor, mesmo sabendo de toda a dificuldade em fazer pesquisa no Brasil? 

Quando entrei na faculdade, logo no início peguei gosto pela pesquisa e docência, e já sabia que queria ser professor e pesquisar. Desde então venho me dedicando, estudando (graduação, mestrado e doutorado) e tentando contribuir com a ciência a responder os “porquês” da vida. Realmente ser professor e pesquisador no Brasil não é nada fácil, somos pouco valorizados e acabamos tendo mais reconhecimento fora do Brasil. Espero que essa pandemia ao menos ensine o povo brasileiro a valorizar seus professores e cientistas.

Por que muitos jovens brasileiros saem e vão fazer pesquisa em universidades de outros países? 

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Exatamente pela falta de reconhecimento, não somente dos políticos, mas sim da própria sociedade, e também, pela falta de oportunidade aqui. Formamos bons doutores aqui no Brasil, mas infelizmente poucos desses doutores acabam indo para a indústria, a grande maioria vai para a docência ou acaba saindo do país para fazer pós-doutorado fora. E quem perde com isso somos nós (brasileiros), pois os doutores (com doutorado) tem uma grande capacidade de planejamento, execução e visão técnico-científica, podendo contribuir muito nas empresas e indústrias. 

Você continua estudando? O que está fazendo no momento?

Com certeza, isso não podemos parar nunca. Atualmente estou indo para o 2 pós doc (pós-doutorado), no laboratório do Dr. Ricardo Pinho, que é um dos maiores pesquisadores de estresse oxidativo e exercício no Brasil, e um grande mentor para mim também. Além disso sou diretor científico do laboratório de genética Anaclin GENE e do GENES Instituto de Genética.   

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Eduardo Brunetti Cunha (Foto: Divulgação)
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