Na era da diversidade cultural e da multiplicidade de interesses, a influenciadora digital Hana Khalil traz à tona uma discussão sobre a valorização da cultura popular. Em meio ao cenário onde gêneros nichados muitas vezes são exaltados em detrimento de outros, como o funk e o pop, ela questiona a atitude de desprezo por aquilo que é consumido pela maioria da população e aponta um elitismo cultural.
Hana argumenta que a maioria das pessoas que deprecia o que é popular não faz isso por não se interessarem ou julgarem a qualidade desses ritmos musicais, mas sim porque consumir o nichado faz elas serem diferentes da massa. “É uma esfera que pouca gente acessa. Existe o interesse pelo que é nichado, underground e o desprezo pelo que todo mundo está fazendo, pelo que a massa consome. É um desprezo pelo que é fácil de consumir, compreender e acessar”, diz.
Carregando...
Não foi possível carregar anúncio
A influenciadora reconhece que, no passado, alguns movimentos culturais separados do que era consumido pela maioria tiveram um papel importante na “revolução” de certos padrões de comportamento, conservadorismo e moralismo. No entanto, afirma que, hoje em dia, algumas diferenças culturais têm muito mais a ver com classe social.
“A classe média alta despreza o que todo mundo conhece, que todo mundo está acessando. Se todo mundo está vendo isso, então automaticamente é ruim, porque a maioria das pessoas consome. Receio de perder um pouco do seu requinte, do seu refinamento, tem que vir o desprezo para mostrar que: ‘se eu gostar daquilo ali, eu estou altamente encaixado em uma camada que eu não quero estar’”, expressa.
Por fim, Hana refuta a ideia de que o popular é de baixa qualidade. “Viva o pop, viva o que todo mundo consegue entender. Eu adoro ver Molchat Doma, uma banda de rock russo, mas eu também gosto de ouvir Zé Felipe. Eu adoro ler Letrux, mas eu sou apaixonada por Hypiranhas. Você pode continuar gostando de Lana