Chico Pinheiro, jornalista, não sentiu o baque de ser demitido pela Globo após 32 anos de serviço prestado na emissora carioca. Em entrevista para a jornalista Cristina Padiglione, no site F5, o ex-global levou com humor a situação e não descartou virar motorista de aplicativo.
“[…] Ou posso virar Uber. É, pegar o meu carro e virar Uber ou motorista de outro aplicativo, mas teria que ter um patrocínio, porque esse negócio da Uber de tratar motorista como empreendedor sem as condições mínimas, não dá. Mas eu adoraria rodar pela cidade, cada hora pegar uma pessoa que eu não sei pra onde vai e ouvir a história dela. Adoro dirigir, adoro ouvir histórias e adoro rodar pela cidade. Não dou cafezinho nem água, mas estou disposto a ouvir essas pessoas todas. Pego um no aeroporto: ‘Onde é que você vai?’ ‘Cemitério São João Batista’. Vou só ouvindo. ‘Vou fechar um negócio das arábias’, ‘Vou encontrar alguém’, aí já tem uma história de amor. Vou ouvindo tudo isso e depois registro no meu diário de bordo pra contar essas histórias anonimamente, sem identificar ninguém. É uma ideia”, comentou.
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O jornalista deixou claro, inicialmente, que não tem vontade de trabalhar em campanha política, afinal este ano tem eleições em outubro.
“Não, não penso, mas se precisar me envolver com alguma bandeira para lutar, com a arma da caneta, pela civilização e contra a barbárie, estou aqui. Porque eu não estou a serviço de candidatos, mas da democracia. Na minha opinião, o golpe está sendo dado, mas não é mais com tanques nas ruas, e sim com a desmoralização das instituições”, explicou.
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